14 de abr 2025
Governo enfrenta dificuldades na venda de títulos públicos com taxas em alta e desconfiança do mercado
Governo enfrenta queda na venda de títulos da dívida pública e precisa pagar R$ 740 bilhões em meses, exigindo urgência em medidas fiscais.
Presidente Lula durante reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em 16 de dezembro de 2024 (Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República)
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O governo brasileiro enfrenta dificuldades crescentes na venda de títulos da dívida pública, com a taxa de sucesso caindo de 77% em janeiro de 2024 para 52% em dezembro. A alta das taxas de juros e a desconfiança dos investidores intensificam a pressão sobre o cenário fiscal do país. O Tesouro Nacional nega uma crise de confiança, afirmando que a demanda permanece consistente.
Nos próximos meses, o governo precisa pagar R$ 740 bilhões em títulos, o que aumenta a urgência por medidas fiscais eficazes. O déficit nominal das contas públicas alcançou R$ 1,1 trilhão em doze meses até novembro. A venda de títulos atrelados à inflação e prefixados também enfrentou dificuldades, com taxas de juros subindo significativamente.
Analistas apontam que a situação se agrava em um momento em que os juros internacionais não são mais negativos, levando investidores a retirar recursos do Brasil. A venda de títulos com prazos mais curtos e taxas flutuantes, como o Tesouro Selic, tem sido a estratégia adotada, representando 61% das emissões em novembro.
O Tesouro Nacional captou cerca de R$ 1,5 trilhão em 2024, mas a volatilidade do mercado e a desconfiança em relação ao ajuste fiscal geram incertezas. A equipe econômica ainda precisa avançar em projetos pendentes, como a reforma da aposentadoria dos militares e o combate aos supersalários, enquanto o mercado aguarda novas ações para reequilibrar as contas públicas.
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