30 de abr 2025
Crédito para pessoas físicas cresce, mas taxas de juros disparam em março
Taxas de juros sobem em março, com cartão de crédito rotativo atingindo 445% ao ano. Endividamento das famílias preocupa.
RISCO Moedas: crédito mais demandado em março pode indicar endividamento das famílias (Foto: Marcello Casal / Agência Brasil)
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Em março, a concessão de crédito para pessoas físicas no Brasil atingiu R$ 324,1 bilhões, um aumento de 6,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O Banco Central (BC) informou que as operações com recursos direcionados somaram R$ 32,4 bilhões, uma queda de 16,3%. O crescimento foi sustentado principalmente pelo crédito com recursos livres, que alcançou R$ 291,7 bilhões, um aumento de 9,4% em relação a março de 2024.
As taxas de juros também apresentaram variações. O cartão de crédito rotativo, por exemplo, subiu para 445% ao ano, um aumento de 2,5 pontos percentuais. Apesar da limitação na cobrança de juros, a taxa média do crédito pessoal não consignado saltou 21,2% em um ano, atingindo 104,2% ao ano. O crédito consignado, embora com menor risco de inadimplência, também viu um aumento, com juros de 43% ao ano.
Impacto do Endividamento
O cheque especial, uma das modalidades mais caras, teve uma taxa média de 134,2% ao ano, enquanto o crédito consignado para trabalhadores da iniciativa privada cresceu 20%, totalizando R$ 2,1 bilhões. O BC destacou que a inadimplência se manteve estável em 3,2%, com 3,8% para pessoas físicas e 2,2% para jurídicas.
O endividamento das famílias, que mede a relação entre dívidas e renda, ficou em 48,2% em fevereiro, uma leve redução de 0,3% no mês. O comprometimento da renda, que considera o valor médio destinado ao pagamento de dívidas, foi de 27,2%.
Cenário Econômico
As taxas médias de juros para crédito livre subiram para 56,4% ao ano, enquanto as operações com empresas também registraram aumento, alcançando 24,6%. O BC atribui a elevação das taxas ao efeito da alteração na composição dos saldos e à variação das taxas de juros.
O estoque total de empréstimos no Sistema Financeiro Nacional (SFN) chegou a R$ 6,483 trilhões, um crescimento de 0,6% em relação ao mês anterior. O crédito ampliado, que inclui diversas fontes, alcançou R$ 18,782 trilhões, refletindo um aumento de 0,2% no mês.
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