01 de mai 2025
Tesouro Nacional pagará R$ 153,3 bilhões em juros de títulos atrelados à inflação
Tesouro Nacional pagará R$ 153,3 bilhões em juros do Tesouro IPCA+ 2025, com rentabilidades entre 9,2% e 7,2% ao ano.
Foto de um lago em um dia ensolarado. (Foto: Getty Images/iStock)
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O Tesouro Nacional irá desembolsar R$ 153,3 bilhões aos investidores do título Tesouro IPCA+ 2025. Este montante refere-se aos juros predefinidos das NTN-Bs (Notas do Tesouro Nacional série B), que são atrelados à inflação. O pagamento será realizado automaticamente até o dia 15 de maio.
As rentabilidades dos títulos variam entre 9,2% e 7,2% ao ano. A expectativa é que a taxa Selic atinja 15% ao ano até o final de 2025, o que pode influenciar a preferência por investimentos prefixados. Dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) indicam que o montante cobre 33,5 milhões de NTN-Bs.
Tendências de Mercado
Os títulos públicos indexados ao IPCA têm se destacado na renda fixa. Em março, os papéis com vencimento acima de cinco anos cresceram 2,83%. No primeiro trimestre de 2025, a valorização foi de 3,69%. O economista da Anbima, Marcelo Cidade, explica que a valorização dos títulos IPCA+ de curto prazo é uma tendência desde o ano passado.
As carteiras de longo prazo também apresentaram recuperação no início de 2025. A Selic, atualmente em 14,25% ao ano, deve continuar a subir até o final do ano. O boletim Focus do Banco Central prevê que a taxa encerrará 2025 em 15% ao ano e cairá para 12,50% em 2026.
Preferências de Investimento
Os investimentos prefixados com vencimento acima de um ano estão se mostrando mais atrativos, com uma rentabilidade de 1,62%. No primeiro semestre, os prêmios desses títulos subiram 2,16%. Em contrapartida, os títulos de menor prazo avançaram 5,46%.
A alta da Selic favorece aplicações conservadoras, segundo João Kepler, CEO da Equity Group. Contudo, essa situação pode adiar uma recuperação mais significativa do mercado de ações. O analista da EQI Research, João Neves, observa que a preferência por títulos prefixados se mantém, mas há uma piora na relação risco-retorno devido à inflação.
Investimentos atrelados ao IPCA oferecem maior proteção contra uma possível alta da inflação no curto prazo, levando a uma mudança na estratégia de investimento.
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