Fed e Copom se reúnem para definir juros e mercado aguarda impactos significativos

Os investidores estão em alerta para as reuniões do Federal Reserve e do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira, com foco nas decisões sobre as taxas de juros. O Copom pode elevar a Selic em até 0,5 ponto percentual, alcançando 14,75% ao ano, enquanto o Federal Reserve deve manter os juros entre 4,25% e 4,5% ao ano.

O tom dos comunicados será crucial para o mercado. A expectativa é que os juros permaneçam elevados até 2026, refletindo preocupações com a economia global e local. Nos Estados Unidos, a política econômica instável tem gerado receios de uma recessão, com o índice de confiança do consumidor atingindo níveis alarmantes, comparáveis aos da pandemia de Covid-19.

No Brasil, os índices de confiança não caíram drasticamente, o que pode limitar a capacidade do Banco Central de reduzir a Selic, especialmente se houver desvalorização do câmbio. A manutenção da taxa elevada pode ser necessária para estabilizar a moeda, mesmo com uma economia em desaceleração.

Os contratos futuros indicam que este pode ser o último ajuste de juros do ano, mas o alívio não deve ser imediato. Os produtos pós-fixados continuam atraentes, oferecendo retornos superiores a 16% ao ano, considerando uma inflação estimada em 5,5%. Para investidores que esperam uma queda nos juros, opções como títulos prefixados ou atrelados à inflação podem ser mais seguras do que ações, que podem ser impactadas por uma recessão global.