09 de mai 2025
Indústria de multimercados registra alta em abril com aposta na queda do dólar
Fundos multimercados registram alta de 4% em abril, impulsionados pela queda do dólar e novas apostas no cenário econômico global.
Fabiano Rios, sócio-fundador da Absolute Investimentos: "o que está acontecendo agora é o início de um movimento que pode ser muito maior" (Foto: Camila Nicoletti/TAG Summit/Divulgação)
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O mercado financeiro brasileiro apresentou um desempenho positivo em abril, com os fundos multimercados registrando um retorno médio de 4%, conforme dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). A queda do dólar, que encerrou o mês com uma desvalorização de 1,44%, foi um dos principais fatores que impulsionaram esse resultado.
A Absolute Investimentos, gestora que administra R$ 53 bilhões, destacou sua posição vendida em dólar como uma estratégia eficaz. O sócio-fundador e CIO da gestora, Fabiano Rios, acredita que a moeda americana pode continuar a cair, desafiando a noção de "excepcionalismo americano". Rios afirmou que a atual situação pode ser o início de um movimento mais amplo de desvalorização do dólar.
Cenário Internacional
O Banco Central dos Estados Unidos (Federal Reserve) manteve a taxa de juros entre 4,25% e 4,50%, enquanto o Banco Central do Brasil elevou a Selic para 14,75%, o maior nível em quase duas décadas. Especialistas indicam que, apesar da atratividade dos títulos brasileiros, a diversificação internacional é essencial para proteger o patrimônio e acessar mercados variados.
Diego Correia, da XP, ressaltou que a alocação internacional pode servir como um contrapeso aos riscos políticos e econômicos do Brasil. A desvalorização do real em relação ao dólar, que perdeu cerca de 80% de seu valor desde 1993, também impacta o cotidiano dos brasileiros, afetando o preço de commodities.
Expectativas para o Dólar
Os analistas estão divididos sobre o futuro do dólar. Enquanto Rios e Lucas Cachapuz, do BTG Pactual, defendem a continuidade da queda da moeda, Bruno Serra, do Itaú Asset, projeta um dólar forte, acreditando que a economia americana pode surpreender positivamente. A volatilidade nas negociações comerciais e as decisões de política monetária continuam a ser fatores críticos a serem monitorados pelos investidores.
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