09 de mai 2025
Latino-americanos enfrentam barreiras para investir no mercado acionário
A Nuam surge como uma chance para aumentar a inclusão financeira na América Latina, onde apenas 1% a 2% investe em ações.
Operadores trabalham no pregão da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), em Nova York, EUA, na terça-feira, 2 de janeiro de 2023. (Foto: Bloomberg/Michael Nagle)
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A América Latina enfrenta desafios na inclusão financeira, com apenas 1% a 2% da população investindo no mercado de ações. Em contraste, 62% dos americanos possuem ações. A falta de educação financeira e acesso a produtos adequados são barreiras significativas.
Recentemente, a criação da Nuam, uma holding que integra as bolsas de Santiago, Colômbia e Lima, surge como uma oportunidade para aumentar a participação dos latino-americanos no mercado. A inclusão financeira na região atingiu 28% da população adulta, um avanço em relação aos 25% de 2023 e 16% em 2021.
Diego Mora, diretor da BlackRock para Colômbia, Peru e América Central, destaca que a educação financeira é crucial. Ele afirma que muitos acreditam que é necessário um grande capital para investir, o que gera insegurança. A falta de conhecimento sobre conceitos como risco e retorno dificulta a adesão ao mercado.
Barreiras e Oportunidades
Esteban Peñaloza, cofundador da Trii, aponta que a falta de produtos financeiros adequados à realidade econômica da população é um obstáculo. Muitas pessoas, especialmente as que têm renda irregular, não têm acesso a ferramentas financeiras básicas. Além disso, a pressão por atender necessidades imediatas faz com que o investimento a longo prazo seja negligenciado.
A BlackRock defende uma abordagem integrada, que inclua educação financeira e a oferta de produtos acessíveis. A empresa sugere que ETFs (fundos de índice) podem facilitar o investimento em carteiras diversificadas com valores baixos. A tecnologia e plataformas digitais também são essenciais para derrubar barreiras e ampliar o acesso ao mercado.
Com a Nuam, espera-se que a região avance em incentivos fiscais e na oferta de produtos voltados ao pequeno investidor. A Colômbia, com um tratamento fiscal favorável, pode servir de modelo para outros países da América Latina.
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