Economia

Rentistas se beneficiam com Selic alta e acumulam R$ 243 bilhões em renda fixa em 2024

Renda fixa atrai R$ 243 bilhões em 2024, enquanto fundos multimercados e de ações enfrentam saídas. O Brasil se torna um "paraíso dos rentistas".

Taxa de juros: investidores chamados de ‘rentistas’ são os mais beneficiados no mercado financeiro (Foto: iStock/iStock)

Taxa de juros: investidores chamados de ‘rentistas’ são os mais beneficiados no mercado financeiro (Foto: iStock/iStock)

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O Brasil vive um cenário de juros altos, com a taxa Selic em 14,75% ao ano, favorecendo investidores que dependem de rendimentos de aplicações financeiras. Em 2024, a captação líquida em renda fixa alcançou R$ 243 bilhões, enquanto fundos multimercados e de ações enfrentaram saídas significativas.

O termo rentista refere-se ao investidor que obtém renda principalmente de aplicações financeiras, como títulos públicos e CDBs. Com a Selic elevada, o ambiente se torna propício para esses investidores. Um banqueiro da Faria Lima destaca que, em um país que valoriza a renda fixa, o investidor conservador é o principal beneficiado.

Os dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) mostram que, enquanto a renda fixa teve captação líquida positiva, os fundos multimercados registraram saídas de R$ 356,7 bilhões e os de ações, R$ 10 bilhões. A dívida pública federal, por sua vez, alcançou R$ 6,52 trilhões, com instituições financeiras sendo os maiores detentores.

Impactos do Rentismo

Os principais instrumentos utilizados pelos rentistas incluem títulos públicos federais, CDBs e debêntures. A Secretaria do Tesouro Nacional indica que instituições financeiras detêm 29,67% da dívida interna, enquanto fundos de investimento e previdência possuem 23,53% e 22,99%, respectivamente.

A elevada remuneração do capital financeiro gera debates sobre seus impactos na economia. Analistas apontam que, embora ofereça segurança e previsibilidade, o rentismo pode desestimular o investimento produtivo, dificultando a geração de empregos e ampliando a concentração de renda. Especialistas afirmam que o ciclo de juros altos transforma o Brasil em um "paraíso dos rentistas", desviando recursos que poderiam ser aplicados em inovação e infraestrutura.

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