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Mercados se preparam para novo dia turbulento após rebaixamento dos EUA - Mercados se preparam para novo dia turbulento após rebaixamento dos EUA

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Os mercados financeiros enfrentam mais um início turbulento nesta segunda-feira, com a Moody's rebaixando a nota de crédito dos EUA de Aaa para Aa1. A decisão, anunciada na sexta-feira, reflete preocupações com déficits orçamentários crescentes e a falta de contenção fiscal, que podem impactar a confiança no dólar e elevar os rendimentos dos Treasuries.

O rebaixamento ocorre em um contexto de dívida pública dos EUA próxima de US$ 2 trilhões anuais, representando mais de 6% do PIB. A Moody's atribui a situação a políticas fiscais de administrações anteriores e atuais, que não demonstram sinais de controle. Com isso, Wall Street teme uma possível crise no mercado de títulos soberanos.

Os rendimentos dos títulos do Tesouro de 10 anos já subiram para 4,49%, e analistas do Wells Fargo preveem um aumento adicional de 5 a 10 pontos-base nos rendimentos dos Treasuries de 10 e 30 anos. Um aumento de 10 pontos-base nos títulos de 30 anos poderia levar os rendimentos acima de 5%, o que não ocorre desde novembro de 2023.

Impacto no Mercado

A crescente incerteza sobre a dívida pode intensificar o ceticismo em relação ao dólar. Um índice da Bloomberg para a moeda já está próximo das mínimas de abril, enquanto o sentimento entre operadores de opções é o mais negativo em cinco anos. A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, comentou que o enfraquecimento do dólar reflete a perda de confiança nas políticas dos EUA.

Além disso, o aumento nos rendimentos dos Treasuries pode dificultar cortes de gastos do governo, elevando os pagamentos de juros da dívida e impactando negativamente a economia. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, minimizou as preocupações, afirmando que a administração Trump está comprometida em reduzir gastos e estimular o crescimento econômico.

Reações e Expectativas

A decisão da Moody's já era esperada, dado o cenário fiscal. O Escritório de Orçamento do Congresso prevê que os déficits federais podem chegar a quase 9% do PIB até 2035. Apesar disso, legisladores continuam a trabalhar em um projeto de cortes de impostos que pode adicionar trilhões à dívida federal.

Embora a demanda estrangeira por títulos do governo dos EUA tenha permanecido forte, a redução das participações da China em Treasuries levanta especulações sobre uma diminuição na exposição à dívida americana. Contudo, analistas do Barclays acreditam que o rebaixamento não terá um impacto significativo nos mercados monetários, citando que rebaixamentos anteriores não resultaram em grandes repercussões.

Os investidores devem se preparar para uma semana de volatilidade, especialmente após as recentes tensões comerciais e as discussões sobre a guerra na Ucrânia entre os presidentes dos EUA e da Rússia.

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