22 de mai 2025
Itaú BBA registra crescimento de 15% em serviços de mercado de capitais no Brasil
Itaú BBA registra crescimento de 15% no portfólio, impulsionado pelo agronegócio, enquanto empresas batem recorde em captações.
"Estamos tendo um bom ano no mercado de dívida, não na mesma intensidade do ano passado, mas um ano bastante forte. (Foto: Lucas Landau/Bloomberg)"
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O Itaú BBA reportou um crescimento de 15% em seu portfólio, que agora chega a quase R$ 600 bilhões, destacando-se especialmente no agronegócio. O CEO da instituição, Flavio Souza, afirmou que a demanda por serviços de mercado de capitais no Brasil permanece robusta, mesmo com a taxa básica de juros em 14,75%.
Nos primeiros três meses de 2025, as empresas levantaram R$ 152 bilhões no mercado de capitais, um recorde desde 2012, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O crescimento foi impulsionado pela emissão de títulos de renda fixa, que totalizaram mais de R$ 142 bilhões. Apesar do cenário desafiador, Souza se mostrou otimista quanto à continuidade desse desempenho em 2025.
Desafios do Setor
O aumento das taxas de juros tem gerado dificuldades para muitas empresas, que enfrentam condições de financiamento mais rigorosas e níveis elevados de endividamento. O Banco do Brasil, um dos principais concorrentes do Itaú BBA, mencionou recentemente um aumento na inadimplência em empréstimos agrícolas, o que levou a uma revisão de suas projeções para 2025.
O Itaú Unibanco, controlador do Itaú BBA, reportou uma carteira de crédito de R$ 1,38 trilhão, com R$ 425 bilhões destinados a grandes empresas. A instituição projeta um crescimento entre 4,5% e 8,5% para sua carteira de crédito ao longo do ano.
Expectativas Futuras
Souza acredita que a escassez de novas ofertas públicas de ações (IPOs) não reflete a qualidade das empresas brasileiras. Ele destacou que o setor de saneamento, por exemplo, deve crescer significativamente nos próximos 20 anos. Além disso, o Itaú planeja direcionar R$ 1 trilhão para projetos com impacto positivo até 2030.
Embora o ambiente de negócios ainda enfrente desafios, há sinais de que a inflação pode estar desacelerando, levando alguns investidores a especularem sobre possíveis cortes nas taxas de juros. Souza afirmou que isso poderia tornar o Brasil um destino mais atrativo para investimentos.
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