Ações despencam após Trump reascender a guerra comercial com a China

Os mercados financeiros enfrentaram um dia turbulento nesta sexta-feira, 23, após o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçar impor tarifas de 25% sobre iPhones da Apple. A declaração foi feita em sua plataforma Truth Social, onde Trump condicionou a medida ao redirecionamento da produção da empresa para os Estados Unidos.

As consequências foram imediatas: os futuros das ações despencaram. O Dow Jones viu uma queda de mais de 600 pontos, ou 1,4%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq registraram recuos de 1,4% e 1,8%, respectivamente. A ação da Apple também foi impactada, com uma desvalorização de 2,87%.

Impacto nas Bolsas Europeias

As bolsas europeias não ficaram imunes às ameaças de Trump. O índice STOXX 600 caiu 1,86%, enquanto o DAX da Alemanha e o CAC da França registraram quedas de 2,37% e 2,63%, respectivamente. As tensões comerciais voltaram a ser uma preocupação central para os investidores, especialmente durante a pausa de 90 dias em tarifas recíprocas.

Além disso, Trump anunciou que recomendaria uma tarifa de 50% sobre produtos da União Europeia, com a implementação prevista para 1º de junho. Essa escalada nas tensões comerciais reacendeu a ansiedade no mercado, que já estava preocupado com a situação da dívida.

Reações no Mercado Cambial

No mercado cambial, o dólar apresentou uma leve queda, sendo cotado a 143,13 ienes. O euro, por sua vez, subiu para US$ 1,1356, enquanto a libra avançou para US$ 1,3500. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de moedas, caiu 0,67%, alcançando 99,292 pontos.

Economistas alertam que a situação atual gera incertezas, especialmente em relação às políticas comerciais de Trump. A expectativa é que os desdobramentos nas próximas semanas possam impactar ainda mais o cenário econômico global.