13 de jun 2025

Ações da Tenda despencam após anúncio de plano de ativos de 2014
Tenda (TEND3) enfrenta queda de 8% após anúncio de compra de ações para plano de opções, gerando incertezas sobre sua estratégia financeira.
Foto: Reprodução
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As ações da Tenda (TEND3) enfrentam uma queda de 8% pelo quarto pregão consecutivo, após a empresa anunciar a aquisição de 4,6 milhões de ações para um plano de opções. O movimento, que envolve cerca de R$ 115 milhões, gerou incertezas entre os investidores sobre a estratégia financeira da construtora.
Na última terça-feira (10), a Tenda informou que adquiriu as ações ao preço médio de R$ 25 cada, visando cumprir um plano de opções de ações aprovado em 2014, que totaliza 5,2 milhões de ações. Além disso, a companhia anunciou o encerramento antecipado de contratos de swap com Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4), relacionados às mesmas 4,6 milhões de ações. Esses contratos, firmados a R$ 13 por ação, geraram cerca de R$ 40 milhões em caixa bruto antes de impostos.
A operação, embora tenha trazido um ganho financeiro, resultou em um desembolso líquido estimado em R$ 80 milhões, o que surpreendeu o mercado. Analistas do Bradesco BBI destacam que o desconforto dos investidores não se deve à estrutura da operação, mas à forma como os recursos foram utilizados, em um momento em que havia expectativa de retorno mais imediato aos acionistas.
Expectativas do Mercado
Os analistas ressaltam que a Tenda não possuía recursos suficientes para executar o plano de ações anteriormente. Com um lucro líquido de R$ 85 milhões no primeiro trimestre de 2025, a empresa ganhou fôlego para cumprir a obrigação, o que foi visto como um sinal positivo. Contudo, a possibilidade de pressão vendedora sobre os papéis após a liberação das ações vinculadas às stock options também gerou questionamentos.
O Bradesco BBI observa que, apesar da queda recente, a Tenda ainda está em um processo de reposicionamento e recuperação da confiança dos investidores. A recomendação de compra para TEND3 foi mantida, com um preço-alvo de R$ 22. O papel é negociado a 4,6 vezes o lucro estimado para 2026, considerado atrativo em comparação com os múltiplos de empresas como Cury (CURY3) e Direcional (DIRR3).
Os analistas acreditam que a diferença de destinação dos recursos pode ter alimentado a frustração de curto prazo entre investidores. A expectativa é que a evolução operacional da Tenda permita um aumento na distribuição de dividendos, o que pode levar a uma reprecificação mais ampla da ação entre 2026 e 2027.
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