16 de jun 2025




Mercado se divide entre manter Selic em 14,75% ou elevar para 15% nesta semana
Copom decide sobre a Selic em meio a divergências entre economistas; inflação e crescimento econômico são fatores cruciais para a decisão.
Sede do Banco Central (BC), em Brasília — Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo
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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reunirá nos dias 17 e 18 de junho para decidir sobre a Taxa Selic, atualmente fixada em 14,75%. O mercado financeiro está dividido entre manter a taxa ou aumentar em 0,25 ponto percentual, elevando-a para 15%.
Economistas têm opiniões divergentes sobre a decisão. Alguns acreditam que a Selic deve ser mantida, citando dados de inflação e atividade econômica que indicam um cenário de desaceleração. Outros, no entanto, argumentam que as expectativas de inflação ainda estão distantes da meta de 3%, o que justifica um novo aumento.
Desde setembro do ano passado, o Copom já promoveu seis aumentos consecutivos na Selic, totalizando 4 pontos percentuais. A comunicação do comitê tem sido cautelosa, destacando a necessidade de "cautela adicional" na política monetária. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que a flexibilidade nas decisões é essencial, considerando a incerteza econômica atual.
Expectativas de Inflação
Os dados mais recentes mostram que a inflação acumulada em 12 meses recuou para 5,32%, mas ainda está acima do desejado. O Boletim Focus indica que a mediana das projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 caiu de 5,44% para 5,25%. Essa revisão sugere um otimismo moderado em relação ao controle da inflação.
Analistas como Marco Caruso, do Santander, e Cristiano Oliveira, do Banco Pine, destacam que a manutenção da Selic pode ser interpretada como um sinal de que o Banco Central não pretende reduzir os juros em breve. A resiliência da economia, com forte criação de empregos, também é um fator a ser considerado.
Cenário Econômico
A economia brasileira apresenta sinais contraditórios. Embora haja uma desaceleração, a atividade econômica continua robusta. A expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 foi ajustada de 2,02% para 2,20%. Os contratos futuros de juros mostram uma crescente probabilidade de um aumento na Selic, refletindo a pressão inflacionária persistente.
A decisão do Copom será crucial para definir os rumos da política monetária no Brasil. O comunicado final da reunião poderá ancorar as expectativas do mercado e influenciar diretamente o consumo e os investimentos no país.
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