Petróleo registra queda com indícios de que Irã evita intensificar conflito

Os contratos futuros de petróleo encerraram em baixa nesta segunda-feira, 16, refletindo as recentes tensões entre Israel e Irã. O barril de petróleo WTI para julho caiu US$ 1,67, fechando a US$ 71,77, enquanto o Brent para agosto recuou 1,35%, a US$ 73,23.

A queda nas cotações ocorre após o Irã afirmar que não busca intensificar o conflito com Israel. O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, declarou que o país responderá a qualquer "agressão" israelense, mas não iniciará novas hostilidades. Ele enfatizou que os iranianos não são os responsáveis pelo início das tensões.

Por outro lado, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou qualquer possibilidade de diálogo com Teerã, afirmando que o Irã "não quer sentar à mesa de negociações". Netanyahu acusou o país de enganar os Estados Unidos e afirmou ter informações sólidas sobre as intenções iranianas.

Análise do Mercado

A ausência de volatilidade adicional no mercado reflete a percepção de que, apesar da gravidade atual, o conflito não deve causar danos significativos à produção de energia. A consultoria Capital Economics destacou que, embora a situação atual seja mais séria do que episódios anteriores, o impacto nos principais índices financeiros tem sido limitado.

A medida de volatilidade implícita em opções de petróleo atingiu seu nível mais alto desde 2022, indicando que o mercado permanece atento às possíveis repercussões do conflito. A análise sugere que a escalada das tensões pode não resultar em interrupções significativas na infraestrutura de transporte de energia, o que é crucial para a economia global.