Ibovespa inicia o dia em queda enquanto dólar registra leve alta em meio a tensões globais

O Ibovespa iniciou a semana em queda nesta segunda-feira, 23 de outubro, com uma desvalorização de 0,49%, alcançando 136.449 pontos. O movimento reflete a crescente tensão no Oriente Médio e a revisão das expectativas econômicas no Brasil, conforme o Boletim Focus.

Os investidores estão atentos aos desdobramentos dos ataques dos Estados Unidos a instalações nucleares no Irã, que intensificaram os temores de uma escalada no conflito regional. A possibilidade de Teerã bloquear o Estreito de Hormuz, vital para o transporte de petróleo, mantém os mercados em alerta. O preço do barril de petróleo, que já enfrenta pressão, pode ser afetado por essa situação.

No cenário interno, o Boletim Focus trouxe revisões que indicam a continuidade de juros elevados. A projeção para o IPCA de 2025 foi ajustada de 5,25% para 5,24%, ainda acima do teto da meta de inflação. Além disso, a expectativa para a Selic foi elevada para 15% até o final de 2025, sinalizando que o ciclo de aperto monetário deve se prolongar.

Desempenho do IPC-S e do Dólar

O IPC-S, divulgado pela FGV, mostrou uma leve desaceleração da inflação, subindo 0,19% na terceira quadrissemana de outubro, após uma alta anterior de 0,25%. No acumulado de 12 meses, a inflação está em 4,26%, com destaque para a deflação no grupo alimentação.

O dólar também reflete a cautela do mercado, subindo 0,09% e sendo negociado a R$ 5,51. As bolsas europeias operam em queda, com o CAC 40 em Paris recuando 0,89% e o DAX em Frankfurt caindo 0,45%. Nos Estados Unidos, os futuros operam próximos da estabilidade, enquanto os investidores aguardam os PMIs e monitoram a situação no Oriente Médio.

Impacto nas Bolsas Internacionais

Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em baixa, com o Nikkei no Japão recuando 0,13% e o Kospi na Coreia do Sul caindo 0,24%. A única exceção foi a China, onde o CSI 300 subiu 0,29%. O clima de incerteza global continua a impactar os mercados, que reagem com cautela às tensões geopolíticas e às expectativas econômicas.