Trump pede que preços do petróleo se mantenham baixos após tensões com o Irã

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta segunda-feira, 23, que os preços do petróleo se mantenham baixos em meio a crescentes tensões com o Irã. A declaração foi feita em sua plataforma Truth Social, onde alertou que um aumento nos preços beneficiaria os inimigos dos EUA. "TODOS, MANTENHAM OS PREÇOS DO PETRÓLEO BAIXOS. ESTOU DE OLHO!", escreveu Trump, enquanto o mercado aguardava a resposta de Teerã aos recentes ataques a instalações nucleares iranianas.

A instabilidade no mercado de petróleo é evidente, especialmente com a possibilidade de o Irã fechar o Estreito de Ormuz em retaliação. Esse estreito é crucial para o comércio global de petróleo, e analistas estimam que os preços poderiam disparar para US$ 130 por barril caso ocorra uma interrupção significativa. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que os EUA estão monitorando a situação e que o regime iraniano seria "tolo" ao tomar tal decisão.

Impacto no Mercado

Os preços do petróleo já apresentaram um aumento de 10% desde os ataques israelenses ao Irã. Após uma leve alta, o tipo Brent, referência global, chegou a US$ 81,40 por barril, mas recuou para menos de US$ 77. O principal assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, declarou que, apesar das flutuações, os mercados parecem estáveis até o momento.

Trump também solicitou ao Departamento de Energia que aumente a perfuração nos EUA, enfatizando a urgência da medida. No entanto, executivos do setor demonstram hesitação em expandir a produção, especialmente com os preços do petróleo Texas caindo abaixo do custo de produção em algumas áreas. As decisões de investimento são baseadas em previsões de longo prazo, não em picos temporários.

Desafios e Respostas

A liberação da reserva estratégica de petróleo dos EUA, que conta com cerca de 400 milhões de barris, pode não ser suficiente para compensar uma possível perda de milhões de barris por dia, caso o Irã execute suas ameaças. A situação continua a evoluir, e os mercados permanecem atentos às reações de Teerã e às decisões do governo americano.