Ações do Ibovespa: três sobem acima de 100% e sete caem mais de 20% no semestre

O Ibovespa encerrou o primeiro semestre de 2025 com uma alta acumulada de 15,43%, beneficiado pela redução nas taxas de juros e pelo influxo de capital externo. Em junho, o índice subiu 1,45%, fechando a 138.854,60 pontos. O desempenho positivo foi impulsionado por ações de empresas domésticas, com destaque para Cogna (COGN3) e Yduqs (YDUQ3), que registraram altas superiores a 100%.

Entre os principais destaques do semestre, Cogna e Yduqs apresentaram altas de 165% e 100%, respectivamente. O cenário macroeconômico, mesmo com a elevação da taxa de juros para 15% ao ano, sugere um possível fim do ciclo de alta, o que eleva as expectativas para ações do setor educacional. A possibilidade de fusão entre as duas empresas também voltou a ser discutida, com analistas do Bradesco BBI apontando que as condições estão mais favoráveis em 2025.

Maiores Altas e Baixas

Além das ações do setor educacional, o Assaí (ASAI3) teve uma valorização de 103%, impulsionada por resultados financeiros positivos. O primeiro trimestre de 2025 foi considerado o melhor da história da companhia, com crescimento de 5,5% nas vendas em mesmas lojas. A CVC (CVCB3) também se destacou, com alta de 74%, beneficiada pela queda do dólar e pela redução das taxas de juros.

Por outro lado, o semestre foi desafiador para algumas empresas. A RD Saúde (RADL3) liderou as quedas, com uma desvalorização de 30,86%, após resultados financeiros abaixo das expectativas. A Brava (BRAV3) e a São Martinho (SMTO3) também enfrentaram dificuldades, com quedas de 26% e 24,4%, respectivamente, refletindo a volatilidade do mercado de commodities.

O desempenho do Ibovespa no primeiro semestre de 2025 ilustra um cenário misto, com setores em alta e outros enfrentando desafios significativos, destacando a complexidade do ambiente econômico atual.