Economia

Dólar cai, ouro sobe 25% e bolsa registra alta de 15% no primeiro semestre

Ouro e Bitcoin se destacam em meio a incertezas, enquanto o Ibovespa sinaliza recuperação e reprecificação de ativos.

Bolsa de Valores de São Paulo (B3) (Foto: Nelson Almeida / AFP)

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Num semestre repleto de incertezas políticas internacionais, o ouro se destacou como uma das aplicações mais resilientes do mercado financeiro. No primeiro semestre de 2025, o metal precioso valorizou 25,71%, acumulando uma alta de 41,22% em 12 meses. Em contraste, o dólar apresentou desempenho negativo, com uma queda de 12,08% no semestre e 4,41% apenas em junho.

A recuperação dos ativos de risco, como ações e criptomoedas, também foi notável. O Bitcoin subiu 23,66% no segundo trimestre e já acumula uma impressionante alta de 72,32% em um ano. O Ibovespa, por sua vez, teve uma valorização de 15,44% no semestre, com um crescimento de 6,60% entre abril e junho, impulsionado pela confiança na agenda fiscal e expectativas de cortes na Selic.

Cenário Econômico

Einar Rivero, da Elos Ayta Consultoria, explica que o primeiro semestre de 2025 foi marcado por uma recuperação seletiva, beneficiando especialmente ativos de risco. O dólar, por outro lado, perdeu espaço tanto em termos nominais quanto reais, refletindo juros domésticos elevados e uma menor demanda por hedge cambial. O ouro, em seu papel clássico como reserva de valor, se destacou em um contexto de incertezas geopolíticas no Oriente Médio e na Ásia.

Rivero observa que a valorização do Ibovespa representa uma recuperação sólida após um segundo semestre de 2024 que registrou perdas de 2,92%. O economista destaca que o semestre atual pode ser um ponto de inflexão no humor do mercado brasileiro, com uma reprecificação dos ativos locais após um longo período de pessimismo.

Expectativas Futuras

A última vez que o Ibovespa teve um semestre tão forte foi no segundo semestre de 2020, durante a recuperação pós-pandemia. O cenário atual, embora ainda carregado de incertezas fiscais e volatilidade cambial, sugere um retorno à racionalidade dos investidores. Se essa tendência se confirmar no segundo semestre, 2025 poderá ser lembrado como o ano da virada silenciosa, caracterizada por consistência e recuperação técnica.

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