Economia

Bancos e corretoras revisam previsões para inflação, dólar e juros em 2023

Bancos ajustam previsões para inflação e câmbio, com IPCA em 5% e dólar a R$ 5,50, impulsionados por cortes na Selic.

Painel na B3, em São Paulo — Foto: Pedro Kirilos / Agência O Globo

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Bancos e corretoras de investimentos estão revisando suas projeções para a inflação e o câmbio em 2023. O Bradesco, por exemplo, reduziu a estimativa do IPCA de 5,4% para 5% e a expectativa para o dólar de R$ 5,70 para R$ 5,50. Essas mudanças refletem um ambiente econômico mais favorável, com a expectativa de cortes na Selic ainda este ano.

A desvalorização do dólar é um fator crucial para essa revisão, pois reduz a pressão inflacionária. Myriã Bast, superintendente de Pesquisa Econômica do Bradesco, destaca que a valorização do real já está impactando os preços aos produtores e itens industrializados. A previsão é que a inflação em 2026 fique em 3,8%, próxima ao centro da meta de 3%.

Expectativas do Mercado

Instituições como XP e C6 Bank também ajustaram suas estimativas, projetando o IPCA em 5% e o dólar a R$ 5,50. A XP acredita que a inflação em 2026 estará dentro da meta, enquanto o C6 Bank antecipa uma aceleração para 5,7% no próximo ano, influenciada por um câmbio mais alto e um mercado de trabalho resiliente.

Claudia Moreno, economista do C6 Bank, aponta que a economia ainda cresce acima do PIB potencial, o que pode manter a inflação elevada. Por outro lado, Myriã Bast não descarta novas revisões para baixo, considerando que o câmbio ainda está desvalorizado em termos históricos.

Cenário Futuro

O economista Sérgio Vale, da MB Associados, já trabalha com uma inflação de 4,9% para este ano e prevê um corte de 0,5 ponto percentual na Selic na próxima reunião do Copom, em dezembro. Vale ressalta que a taxa de desemprego baixa indica uma economia aquecida, o que pode dificultar cortes mais agressivos.

Por outro lado, Sérgio Goldstein acredita que a redução da Selic pode não ocorrer este ano, a menos que haja uma combinação de fatores favoráveis. Claudio, do C6 Bank, menciona que, historicamente, a manutenção da taxa elevada se estende por cerca de um ano, sugerindo que cortes só devem ocorrer em meados do próximo ano.

Rodolfo Margato, da XP, observa que a tendência atual é mais baixista, com a possibilidade de ajustes adicionais nas projeções de inflação e câmbio. O cenário aponta para um dólar a R$ 5,50 e um IPCA de 5% em 2025, com a Selic em 15% até o início do próximo ano.

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