Emprego nos EUA cresce 147 mil em junho, superando expectativas do mercado

O mercado de trabalho dos Estados Unidos apresentou resultados surpreendentes em junho, com a criação de 147 mil novos empregos, superando as expectativas que previam um aumento de apenas 110 mil. A taxa de desemprego caiu para 4,1%, o nível mais baixo desde fevereiro, contrariando previsões que indicavam um aumento para 4,3%.

Os dados, divulgados pelo Bureau of Labor Statistics, mostram que o crescimento do emprego foi impulsionado principalmente por contratações no setor público, que adicionou 73 mil postos, especialmente em educação. O setor de saúde também se destacou, com 39 mil novas vagas. Apesar do aumento nas contratações, a taxa de participação da força de trabalho caiu para 62,3%, o menor nível desde 2022.

Reação do Mercado

Os números positivos levaram a uma reação imediata nos mercados financeiros. Os futuros das ações subiram, enquanto os rendimentos dos títulos do Tesouro aumentaram. As expectativas de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve diminuíram, com as chances de uma redução em julho caindo para 4,7%, de 23,8% antes da divulgação dos dados.

O presidente do Fed, Jerome Powell, adotou uma postura cautelosa, afirmando que a força da economia dos EUA permite uma avaliação cuidadosa dos dados antes de tomar decisões sobre a política monetária. As expectativas agora se concentram em uma possível redução das taxas em setembro.

Desafios Persistentes

Apesar dos dados positivos, o mercado de trabalho enfrenta desafios. A duração média do desemprego aumentou, e a taxa de desemprego entre negros subiu para 6,8%, o maior índice desde janeiro de 2022. Além disso, o setor de manufatura perdeu 7 mil empregos pelo segundo mês consecutivo, refletindo as dificuldades enfrentadas por algumas indústrias.

Os ganhos salariais também mostraram desaceleração, com um aumento de apenas 0,2% em junho, reduzindo a taxa anual de crescimento para 3,7%. A combinação de um mercado de trabalho robusto e incertezas econômicas continua a desafiar as previsões para o futuro da economia americana.