Ibovespa atinge nova máxima de 141 mil pontos com otimismo no mercado externo

O Ibovespa avançou 1,42% nesta quinta-feira, 3 de agosto, atingindo 141.027,58 pontos, uma nova máxima histórica. O índice foi impulsionado por dados positivos do mercado de trabalho nos Estados Unidos, que superaram as expectativas, enquanto investidores aguardam possíveis cortes de juros pelo Federal Reserve.

Os dados do Departamento do Trabalho dos EUA mostraram a criação de 147.000 novas vagas em junho, superando a previsão de 110.000. A taxa de desemprego caiu para 4,1%, contra uma expectativa de alta para 4,3%. Economistas do Bradesco comentaram que, apesar da desaceleração, o mercado de trabalho ainda se mostra robusto, o que pode levar o Fed a adotar uma postura cautelosa em relação a cortes de juros.

Reação do Mercado

Na B3, quase todas as ações do índice estavam em alta, com destaque para as blue chips como Itaú (ITUB4) e Vale (VALE3). O volume financeiro alcançou R$ 2,79 bilhões. Apesar de uma leve queda do índice às 11h23, o Ibovespa se manteve acima da máxima anterior de 140.382 pontos, registrada em maio.

O otimismo no mercado brasileiro é reforçado pela entrada de R$ 26,9 bilhões em fluxo estrangeiro no primeiro semestre de 2023, o melhor desempenho desde 2022. A expectativa é que esse ânimo persista até o final do ano, impulsionado por cortes de juros e as eleições de 2026.

Expectativas Futuras

Analistas da XP projetam um valor justo do Ibovespa em 150 mil pontos para 2025, representando um crescimento de 8% em relação ao fechamento do primeiro semestre. O JPMorgan também mantém uma visão positiva sobre o Brasil, considerando-o uma das histórias mais interessantes entre os mercados emergentes.

O cenário atual, com fundamentos corporativos sólidos e uma demanda doméstica resiliente, sugere um ambiente favorável para investimentos. A expectativa de crescimento de 8,8% nos lucros do Índice MSCI Brasil em 2024 reforça essa perspectiva otimista.