Mercado financeiro: principais fatores a serem observados na próxima semana

Wall Street enfrenta uma semana decisiva após uma recuperação robusta nos últimos três meses, impulsionada pela diminuição das tensões comerciais. O S&P 500, que subiu 26% desde abril, chega a este momento em máximas históricas. A incerteza sobre a continuidade da pausa nas tarifas de Donald Trump, que expira em 9 de julho, gera preocupação entre investidores.

As mensagens contraditórias da administração Trump sobre as tarifas aumentam a ansiedade no mercado. O presidente afirmou que não está considerando prorrogar a pausa, enquanto o secretário do Tesouro, Scott Bessent, indicou que as tarifas podem retornar aos níveis anteriores em 1º de agosto para países sem acordos. A expectativa é alta, especialmente após Trump mencionar que os EUA começarão a notificar países sobre novas taxas.

Expectativas e Acordos Comerciais

Os investidores estão atentos a possíveis acordos comerciais, especialmente com a China e o Reino Unido, que já resultaram em reduções de tarifas. Um acordo com o Vietnã também foi anunciado, permitindo maior acesso ao mercado americano, enquanto as importações vietnamitas enfrentarão uma tarifa de 20%. A negociação com a Índia é outra que está sendo monitorada de perto.

Entretanto, a falta de progresso nas discussões com o Japão e a incerteza sobre um acordo com a Coreia do Sul adicionam complexidade ao cenário. A volatilidade é uma preocupação, especialmente se a retórica de Trump se intensificar, como ocorreu recentemente com o Canadá.

Dados Econômicos e Relatórios de Lucros

A semana é marcada por uma escassez de dados econômicos e relatórios de lucros. As expectativas giram em torno de três empresas: Delta Air Lines, Conagra Brands e Levi Strauss. A Delta deve fornecer informações sobre a demanda por viagens, enquanto a Conagra abordará a pressão inflacionária no setor alimentício. Levi Strauss também comentará sobre tarifas e cadeias de suprimento.

Os investidores aguardam ansiosamente os resultados, que podem influenciar o sentimento do mercado antes do início da temporada de lucros do segundo trimestre, que contará com grandes bancos dos EUA. A atenção está voltada para como as condições comerciais e os dados econômicos impactarão o desempenho das ações nos próximos dias.