Ibovespa inicia o dia em queda, com feriado em São Paulo e mercados internacionais em foco

O Brasil comemora, nesta quarta-feira, 9 de julho, o feriado da Revolução Constitucionalista de 1932, enquanto a B3 (B3SA3) mantém suas operações. Apesar da festividade, o volume de negociações deve ser reduzido, com o mercado financeiro atento a influências externas.

O Ibovespa opera em queda, apresentando uma desvalorização de 0,25%, situando-se em 138.958 pontos. Em contrapartida, o dólar comercial registra leve alta de 0,13%, cotado a R$ 5,452 na compra e R$ 5,453 na venda. A falta de indicadores macroeconômicos internos relevantes faz com que o índice brasileiro siga as movimentações do exterior.

Influências Externas

A tensão no mercado é acentuada pelas ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor novas tarifas de importação. Trump anunciou que, em breve, divulgará uma lista de países que poderão ser afetados, incluindo possíveis taxas de 50% sobre cobre e 200% sobre produtos farmacêuticos. A nova data limite para negociações de tarifas foi estabelecida para 1º de agosto.

Além disso, a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed) está prevista para ser divulgada à tarde. Espera-se que o documento indique a disposição da autoridade monetária em iniciar cortes de juros, uma expectativa já alimentada por instituições financeiras como o Goldman Sachs. O Fed enfrenta pressão do governo americano para adotar um ciclo de alívio monetário.

Cenário Internacional

Os mercados asiáticos fecharam sem uma direção clara, com investidores repercutindo as tarifas anunciadas para países como Japão e Coreia do Sul. O índice Nikkei do Japão e o Kospi da Coreia do Sul registraram altas de 0,33% e 0,60%, respectivamente. Por outro lado, a Bolsa de Xangai teve uma leve queda de 0,13%.

Na Europa, as bolsas operam em alta, com o índice pan-europeu Stoxx600 avançando 0,78%. O setor bancário se destaca, alcançando os maiores preços em 17 anos. No Brasil, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participa de uma audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, enquanto o governo discute cortes nos incentivos tributários.