10 de jul 2025
Dólar sobe mais de 2% e ultrapassa R$ 5,60 com novas tarifas de Trump
Tarifas de Donald Trump sobre produtos brasileiros elevam dólar a R$ 5,6195 e geram incertezas sobre inflação e exportações.

Dólar (Antara Foto/Hafidz Mubarak/Reuters)
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O dólar abriu em alta nesta quinta-feira, 10 de agosto, com um aumento de 2,13%, cotado a R$ 5,6195. A elevação da moeda americana ocorre após o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. A medida, que entra em vigor em 1º de agosto, gerou reações imediatas no mercado financeiro e levantou preocupações sobre a inflação e as exportações brasileiras.
As tarifas foram justificadas por Trump como uma resposta a processos judiciais envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e críticas a decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) relacionadas a empresas de tecnologia. A decisão surpreendeu o mercado, que já enfrentava incertezas devido a uma tendência de baixa do dólar, que havia caído 12% no primeiro semestre.
Impactos no Mercado
O impacto das tarifas foi sentido rapidamente, com as ADRs da Embraer, que exporta aviões para os EUA, registrando uma queda de até 9% no pós-mercado americano. A alta do dólar também reflete a expectativa de que as tarifas possam reduzir o volume de exportações brasileiras, o que, por sua vez, pode pressionar a inflação interna. O ex-diretor do Banco Central, Tony Volpon, alertou que uma resposta agressiva do governo brasileiro poderia intensificar a volatilidade do mercado.
Analistas projetam que o dólar pode ultrapassar a marca de R$ 5,70 nos próximos dias, dependendo da reação do governo brasileiro às novas tarifas. O economista José Faria Junior recomenda cautela aos exportadores, sugerindo que aguardem antes de realizar vendas, dada a possibilidade de depreciação do real.
Expectativas Futuras
A situação permanece volátil, com investidores monitorando de perto as negociações entre Brasil e Estados Unidos. O governo brasileiro busca uma resposta equilibrada para evitar uma escalada nas tensões comerciais. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a legitimidade da medida em reuniões com senadores, mas novas negociações estão previstas.
Com a iminência das tarifas, o mercado aguarda desdobramentos que podem afetar a confiança dos investidores e a economia brasileira como um todo. A expectativa é que os efeitos das tarifas sobre os ativos brasileiros e a inflação sejam monitorados nas próximas semanas, enquanto o governo tenta preservar o equilíbrio fiscal em meio a um cenário econômico desafiador.




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