Economia

Clubes brasileiros enfrentam inflação no mercado e discutem fair play financeiro

Em agosto de 2024, clubes brasileiros gastaram R$ 2 bilhões em contratações. O Botafogo liderou os investimentos, com R$ 323 milhões, conquistando títulos. Especialistas alertam que a bolha financeira no futebol está prestes a estourar. A discussão sobre fair play financeiro é urgente, mas propostas estão paradas. A disparidade de investimentos entre clubes grandes e pequenos aumenta a crise.

Memphis Depay recebe a camisa 94 do Corinthians, referência ao ano de seu nascimento (Foto: Livia Camillo/UOL)

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Os altos salários e custos de transferências no futebol brasileiro têm gerado preocupação entre dirigentes e especialistas do setor. Um dirigente de um grande clube relatou que um jogador, que não tinha status de titular, pediu R$ 600 mil de salário, evidenciando a inflacionada realidade do mercado. Em agosto de 2024, os clubes da elite brasileira gastaram mais de R$ 2 bilhões em contratações, com a primeira janela contabilizando cerca de R$ 1,1 bilhão. O Botafogo liderou os investimentos, aplicando mais de R$ 323 milhões e conquistando títulos importantes.

A discussão sobre o fair play financeiro ganhou destaque, especialmente após a gestão de Rogério Caboclo na CBF, que elaborou um modelo que não foi implementado. O CEO da SAF do Fortaleza, Marcelo Paz, destacou a necessidade de um controle financeiro mais rigoroso, afirmando que clubes endividados não deveriam continuar contratando. José Olavo Bisol, do Internacional, reforçou que a governança e a inovação na gestão são essenciais para evitar irresponsabilidades financeiras.

Mano Menezes, técnico do Fluminense, expressou pessimismo sobre a situação, afirmando que a realidade econômica do Brasil não permite comparações com ligas como a inglesa ou a alemã. Ele acredita que muitos clubes não conseguirão honrar compromissos financeiros. Cristiano Dresch, presidente do Cuiabá, mencionou que a profissionalização da gestão pode ajudar a equilibrar o mercado, enquanto Fabio Pizzamiglio, do Juventude, ressaltou que a criação de uma liga pode contribuir para uma distribuição mais justa de recursos.

Os clubes menores têm buscado alternativas criativas para se reforçar, como o Corinthians, que contratou Memphis Depay com o apoio de patrocinadores. Cuca, técnico do Atlético-MG, também se mostrou surpreso com os preços exorbitantes, destacando a necessidade de criatividade para lidar com a situação. A combinação de recursos externos, como as SAFs e a venda de direitos de transmissão, tem sido um fator crucial na inflação do mercado, mas a estabilização dos valores é vista como uma necessidade urgente por diversos dirigentes.

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