19 de jan 2025
Berkshire Hathaway pode reconsiderar pagamento de dividendos após saída de Buffett
Warren Buffett rejeita dividendos desde 1967, preferindo recompra de ações. Howard Buffett, filho de Warren, hesita sobre política de dividendos futura. Berkshire Hathaway acumula $325 bilhões, 30% de seus ativos totais. Buffett admite mudança na sucessão, permitindo que seu sucessor decida. A empresa não realiza grandes aquisições desde 2022, focando em títulos do Tesouro.
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Warren Buffett, CEO da Berkshire Hathaway, tem se oposto à distribuição de dividendos há décadas, afirmando que a empresa não pagou dividendos desde 1967, quando ele assumiu o controle. Em entrevistas, Buffett considerou o pagamento de dividendos um "terrível erro" e defendeu que a recompra de ações é uma forma mais eficaz de retornar capital aos acionistas. Ele destacou que os dividendos implicam um compromisso de pagamento contínuo, enquanto as recompras podem ser mais vantajosas.
Recentemente, Howard Buffett, filho de Warren e futuro presidente não executivo da Berkshire, foi questionado sobre a política de dividendos da empresa após a saída do pai. Ele respondeu de forma hesitante, indicando que não tem certeza sobre o futuro da política de dividendos, o que sugere uma possível mudança nas diretrizes após a gestão de Warren. O conglomerado possui atualmente um caixa de R$ 325 bilhões, representando cerca de 30% de seus ativos totais, o maior percentual desde 1990.
Nos últimos anos, a Berkshire não fez grandes aquisições, com a última sendo a compra da seguradora Alleghany por R$ 11,6 bilhões em 2022. Buffett tem investido em títulos do Tesouro, obtendo retornos significativos, mas expressou frustração com a alta dos preços no mercado de ações, dificultando a identificação de alvos atrativos. Ele afirmou que, se não houver uma utilização eficaz do capital, a empresa deve considerar a distribuição de recursos.
Buffett também revisou sua visão sobre o plano de sucessão, delegando a Greg Abel, seu sucessor designado, a responsabilidade final sobre decisões de investimento. Ele reconheceu que a gestão de ativos cresceu significativamente e que não é viável ter muitos gestores lidando com grandes quantias. Essa mudança de perspectiva pode indicar uma adaptação às novas realidades financeiras da Berkshire Hathaway.
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