Electronic Arts enfrenta queda de 19% nas ações após revisão negativa de previsões financeiras

A Electronic Arts (EA) anunciou uma redução em sua previsão de receitas para o ano fiscal, o que levou a uma queda acentuada nas ações da empresa. A Raymond James rebaixou a classificação das ações de "outperform" para "market perform", mantendo o preço-alvo em $170, o que representa um potencial de alta de 19,4% em relação ao fechamento de quarta-feira. A empresa agora espera que os net bookings fiquem entre $7 bilhões e $7,15 bilhões, abaixo da previsão anterior de $7,5 bilhões a $7,8 bilhões, devido ao desempenho insatisfatório de títulos como EA Sports FC e Dragon Age.

O analista Andrew Marok expressou preocupação com a magnitude da queda, afirmando que a falta de visibilidade sobre as tendências de curto prazo nos principais produtos da empresa é alarmante. Ele destacou que, apesar de haver oportunidades para cortes de custos, o risco de revisões negativas nas estimativas é elevado. A BMO Capital Markets também rebaixou sua classificação para "market perform", com o analista Brian Pitz afirmando que a EA "não está no jogo no momento", citando a incerteza sobre o pipeline de lançamentos futuros.

As ações da EA caíram 19%, atingindo $115,86, o que representa a maior queda desde 1999. Para o terceiro trimestre fiscal, a empresa espera reportar cerca de $2,215 bilhões em net bookings, em comparação com a previsão anterior de $2,4 bilhões a $2,55 bilhões. A receita do trimestre de dezembro deve ser de aproximadamente $1,88 bilhão, com um lucro diluído de $1,11 por ação.

A EA também revelou que o jogo Dragon Age teve apenas 1,5 milhão de jogadores, cerca de 50% abaixo das expectativas. A empresa observou que as vendas do seu título de futebol, que anteriormente era conhecido como FIFA, estão em declínio, e espera que as vendas de serviços online também diminuam no próximo ano fiscal. A EA planeja divulgar os resultados completos do terceiro trimestre em 4 de fevereiro.