24 de jan 2025
Prédio histórico do Recife, Holiday, será leiloado por R$ 35 milhões
O edifício Holiday, construído em 1956, foi desocupado em 2019 por problemas estruturais. O leilão virtual ocorrerá em 30 de janeiro, com lance mínimo de R$ 35,7 milhões. O futuro comprador deve reformar o prédio, seguindo diretrizes do Plano Diretor. O juiz Marcos Garcez determinou a venda devido ao estado de abandono e riscos sociais. O edifício é considerado um marco arquitetônico e social em Boa Viagem, Recife.
Edifício Holiday, no Recife (PE) (Foto: Clara Gouvêa/UOL)
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O edifício Holiday, um ícone da arquitetura moderna em Recife e um dos primeiros arranha-céus da cidade, será leiloado na próxima quinta-feira, dia 30. O lance inicial é de R$ 35.731.026,76 e a venda ocorrerá exclusivamente online. Se não houver ofertas, um segundo leilão está agendado para 20 de fevereiro, com lance mínimo de R$ 21.438.616,05, conforme informações do Tribunal de Justiça de Pernambuco.
Construído em 1956 no bairro de Boa Viagem, o edifício possui 17 andares, com 442 apartamentos tipo studio e 34 apartamentos de dois quartos, além de 17 lojas comerciais. Totalmente desocupado desde 2019 devido a problemas estruturais, o prédio abrigava cerca de três mil famílias. A autorização para o leilão foi dada em 5 de dezembro de 2024, pelo juiz Marcos Garcez, que destacou o estado de abandono e os riscos à sociedade.
O futuro comprador não poderá demolir o Holiday, uma decisão do desembargador Antenor Cardoso, que também determinou que as reformas necessárias sejam custeadas pelo arrematante, seguindo as diretrizes do Plano Diretor do Recife. Qualquer interessado, seja pessoa física ou jurídica, pode se inscrever até 28 de janeiro para participar do leilão, desde que apresente a documentação exigida.
O valor do lance foi baseado em uma avaliação judicial realizada em 13 de abril de 2024, que inicialmente indicou R$ 34.924.000, mas foi atualizado. O caso do Holiday está na Justiça desde 2012, quando a Prefeitura exigiu obras de manutenção que nunca foram realizadas, resultando em sérios problemas estruturais e a classificação do local como uma "favela vertical". Em fevereiro de 2019, a prefeitura solicitou a interdição do prédio, alegando risco de desabamento e incêndio, o que levou à evacuação dos moradores.
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