Santa Cruz avança na venda da SAF; due diligence deve ser finalizada em fevereiro

Após a assinatura da proposta vinculante da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Santa Cruz, o clube iniciou um processo de due diligence, que envolve uma avaliação detalhada das finanças e do futebol. Essa operação, que pode ultrapassar R$ 1 bilhão em até 15 anos, é crucial para a venda do futebol tricolor. O presidente Bruno Rodrigues e os investidores, Vinícius Diniz e Márcio Cadar, estão focados em quatro pontos principais: pagamento de dívidas, investimentos em futebol, recuperação de patrimônio e a recuperação judicial da associação.

As dívidas do Santa Cruz estão estimadas em R$ 220 milhões, e a nova gestão precisará apresentar um plano de pagamento que será analisado pelos credores. A constituição da SAF está diretamente ligada à recuperação judicial, pois a venda das ações do futebol só poderá ser concretizada após a homologação do plano de reestruturação. Em janeiro de 2023, o clube propôs um deságio de 90% nas dívidas, garantindo a SAF como forma de pagamento.

O processo de due diligence deve ser finalizado até 12 de fevereiro, e, caso tudo ocorra conforme o esperado, as partes decidirão sobre o compromisso no dia seguinte. Vinícius Diniz destacou que a homologação da recuperação judicial é essencial para o sucesso do negócio, afirmando que "se a RJ não for homologada, é um fator de quebra do negócio". A equipe de advogados está trabalhando intensamente para garantir que todas as informações sejam verificadas.

Se a operação avançar, a proposta será submetida ao Conselho Deliberativo e, posteriormente, à Assembleia Geral de Sócios do Santa Cruz. A expectativa é que os investidores assumam a gestão da Cobra Coral Participações S/A até o início da Série D, o que representa um passo significativo para a reestruturação do clube.