27 de jan 2025
Reajuste de medicamentos deve ficar abaixo da inflação em 2025, impactando farmacêuticas
A Anvisa anunciou reajuste de medicamentos em 2025, abaixo da inflação. O aumento médio será de 4%, variando entre 2,8% e 5,2%. O Fator X, que mede eficiência, foi fixado em 2,45%, impactando negativamente. Analistas preveem dificuldades operacionais para farmacêuticas no segundo semestre. O JPMorgan destaca que o ajuste pode afetar margens e políticas de desconto.
Foto: Reprodução
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou que o reajuste anual de medicamentos em 2025 ficará abaixo da inflação, o que gerou descontentamento no setor farmacêutico. O Fator X, que mede a eficiência do setor, foi fixado em 2,45%, impactando negativamente os ajustes. As ações da RD Saúde (ex-Raia Drogasil) apresentaram quedas significativas, mas conseguiram se recuperar levemente, acompanhando a alta do Ibovespa.
Analistas do BBA preveem que o ajuste de preços deste ano não acompanhará a inflação acumulada nos últimos 12 meses até fevereiro de 2025, em contraste com os dois anos anteriores. Eles alertam que isso pode dificultar a alavancagem operacional das empresas farmacêuticas, especialmente no segundo semestre de 2025, quando a inflação deve acelerar. A fórmula para o ajuste de preços considera a inflação acumulada, o Fator X, e outros fatores que podem influenciar o resultado final.
O JPMorgan estima que o aumento médio nos preços dos medicamentos será de 4%, variando entre 2,8% e 5,2%, o que também ficará abaixo da inflação prevista para o próximo ano. Essa situação é considerada negativa para o setor, pois pode resultar em perda de alavancagem operacional e aumentar as pressões de custo para as empresas farmacêuticas. O banco destaca que as empresas operam com descontos em relação aos preços máximos estabelecidos pela Anvisa, o que pode levar a mudanças nas políticas de desconto para mitigar as pressões sobre as margens.
A expectativa agora recai sobre a divulgação dos fatores Z e Y, que definirão se o ajuste de preços ficará abaixo da inflação. A análise da situação atual indica que, pela primeira vez desde 2021, os reajustes de medicamentos não acompanharão a inflação acumulada, refletindo um cenário desafiador para o setor farmacêutico brasileiro.
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