Minério de ferro responde por cerca de 80% da receita da Vale (Foto: Dado Galdieri/Bloomberg)

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Vale enfrenta desafios com queda no minério e busca recuperação sob nova gestão - Vale enfrenta desafios com queda no minério e busca recuperação sob nova gestão

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A economia chinesa em desaceleração e a queda nos preços do minério de ferro impactaram negativamente as ações da Vale, levando os investidores a adotar uma postura cautelosa. A crise no setor imobiliário da China, que afeta cerca de 80% da receita da Vale, resultou em cortes significativos nas alocações da empresa, fazendo com que suas ações atingissem o menor nível desde 2020 e eliminando mais de R$ 100 bilhões em valor de mercado em 2024. Florian Bartunek, da Constellation Asset Management, destacou que os investidores estão receosos em relação à compra de ações da Vale devido à instabilidade da economia chinesa.

Apesar de a Vale ter resolvido diversos problemas internos, como a sucessão confusa que culminou na nomeação de Gustavo Pimenta como presidente, as preocupações com a China persistem. A empresa chegou a um acordo sobre o desastre da barragem da Samarco e renegociou acessos ferroviários, mas a dependência da China — que representa cerca de metade da receita da mineradora — continua a ser um fator de risco. Em 2023, a Vale exportou 185,5 milhões de toneladas de minério de ferro para a China, mas a desaceleração econômica do país reduziu a demanda, enquanto a oferta global aumenta.

Os preços do minério de ferro caíram mais de 25% no ano passado, fechando em cerca de US$ 100 a tonelada, o que pode resultar em uma queda significativa nos dividendos e no fluxo de caixa operacional da Vale. Embora os preços tenham se recuperado levemente em janeiro, as incertezas sobre a eficácia das políticas do governo chinês para reativar a demanda interna permanecem. Humberto Meireles, da Vinland Capital, observou que o cenário de geração de caixa da Vale é menos favorável em comparação com seus concorrentes, como BHP e Rio Tinto, que diversificam seus portfólios.

Sob nova gestão, a Vale busca recuperar o valor de seus ativos e avançar em minerais críticos, como cobre. Gustavo Pimenta afirmou que a mineração global está em transformação e que a Vale pretende se adaptar a esse cenário. Com a recente perda de sua posição como a terceira maior empresa da bolsa, as ações da Vale caíram 24% nos últimos doze meses, enquanto a Weg, que agora ocupa essa posição, viu suas ações subirem 72%. Apesar das dificuldades, alguns analistas, como Rodolfo Angele do JPMorgan Chase, veem oportunidades de compra, destacando o fluxo de caixa livre da empresa e sua posição em um cenário de real mais fraco.

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