31 de jan 2025
Braskem encerra Oxygea, fundo de investimentos em startups, para reavaliar ativos
A Braskem encerrou o fundo Oxygea, criado em 2022 com US$ 150 milhões. A decisão reflete reavaliação estratégica e desafios financeiros da empresa. O novo CEO, Roberto Prisco Paraíso Ramos, assume foco em core business. O fundo investiu US$ 10 milhões em nove startups, incluindo internacionais. A mudança ocorre em meio à crise de passivos e busca por otimização de capital.
Estande da Braskem (Foto: Divulgação/Braskem)
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A Braskem (BRKM5) anunciou a descontinuação de novos investimentos na Oxygea, um fundo de Corporate Venture Capital (CVC) criado em 2022 com um aporte inicial de US$ 150 milhões. A decisão, conforme comunicado da empresa, está alinhada à reavaliação e priorização de ativos e investimentos, visando otimizar a alocação de capital e a geração de caixa. Até o momento, o fundo havia investido US$ 10 milhões em nove startups, tanto no Brasil quanto no exterior.
O fim da Oxygea foi antecipado pela Bloomberg Línea e ocorre em um contexto de reestruturação da Braskem, que enfrenta desafios como a intensa competição internacional e as incertezas relacionadas à crise em Maceió, Alagoas. A companhia, que tem o grupo Novonor como principal acionista, anunciou a chegada de Roberto Prisco Paraíso Ramos como novo CEO, com foco em aumentar a capacidade produtiva e acelerar a venda da empresa, um processo que se arrasta há anos.
Ramos, que assumiu em 1º de dezembro, já iniciou cortes na alta administração, demitindo oito diretores e promovendo uma reestruturação que visa reduzir gastos. A Oxygea, que também atuava como um Corporate Venture Building (CVB), tinha como objetivo investir em startups focadas em temas como neutralidade de carbono e economia circular. O fundo foi reconhecido como a maior captação de um CVC em 2023, embora os investimentos em startups brasileiras tenham sido realizados por meio de programas internos.
Os principais aportes do Oxygea foram direcionados a startups americanas, como a Circular.co, que atua na reciclagem de plásticos, e a AssetWatch, que utiliza Inteligência Artificial para manutenção preditiva. As startups brasileiras apoiadas pelo Oxygea Labs incluem a LogShare, Growpack e Embeddo, que aguardam uma posição do fundo após a última edição do programa, finalizada em dezembro passado.
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