Trump impulsiona renascimento da energia nuclear, afirma especialista em investimentos

A energia nuclear está prestes a passar por um "renascimento", impulsionado pelo apoio da administração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo Yuri Khodjamirian, diretor de informações da Tema ETFs, a administração Trump demonstra um "grande interesse" em apoiar essa tecnologia. No entanto, ele alertou que o desenvolvimento dessa fonte de energia "vai levar tempo", com aprovações de novas tecnologias nucleares levando cerca de dez anos.

Khodjamirian destacou que seu fundo de investimento está focado em empresas com histórico no desenvolvimento de tecnologia nuclear, como a BWX Technologies, que fabrica reatores nucleares para transportes militares e submarinos. Ele mencionou que a Tema está sendo "muito seletiva" em relação a uma nova tecnologia chamada reatores modulares de pequeno porte (SMRs), que têm capacidade de geração equivalente a um terço dos reatores nucleares tradicionais, ocupando menos espaço e produzindo uma quantidade significativa de eletricidade de baixo carbono.

O renascimento da energia nuclear é impulsionado pela crescente percepção de que é uma fonte de energia estável e limpa. Khodjamirian acredita que há uma necessidade de "investimento extra" em energia nuclear, além das fontes de energia renováveis, que são variáveis em sua produção elétrica. Ele observou que, embora as renováveis possam ser implementadas rapidamente, elas requerem armazenamento em bateria.

Recentemente, o Senado dos EUA confirmou Chris Wright como secretário de energia, um aliado de Trump e defensor da energia nuclear. Wright já havia assinado uma carta em apoio à energia nuclear em 2023. Khodjamirian também está atento à volatilidade da inteligência artificial, especialmente após o surgimento do modelo DeepSeek da China, que gerou preocupações sobre os investimentos das grandes empresas de tecnologia em IA. A reação internacional, incluindo bloqueios e restrições a esse modelo, indica que "ninguém realmente sabe como defender as fronteiras digitais", segundo Khodjamirian.