Custo elevado afasta americanos da Europa e reduz interesse em viagens ao continente

Os dados mais recentes da Comissão Europeia de Turismo (ETC) revelam uma queda significativa no interesse dos americanos em viajar para a Europa. A porcentagem de viajantes dos EUA planejando férias no continente caiu de 45% em 2024 para 37% em 2025, o menor índice desde 2021. Essa pesquisa, realizada com 7.087 viajantes de longa distância de diversos países, indica que o principal fator para essa diminuição é o custo elevado das viagens. Além disso, a preferência por destinos domésticos também foi citada como um impedimento.

As autoridades de turismo europeias podem esperar uma redução de pelo menos meio milhão de visitantes americanos durante o verão, considerando que 2,6 milhões de viajantes dos EUA voaram para a Europa em julho de 2024. Eduardo Santander, CEO da ETC, destacou que essa queda reflete pressões econômicas, incertezas políticas e mudanças nas preferências dos consumidores. Embora a maioria dos entrevistados ainda planeje viajar para destinos distantes, apenas 44% manifestaram interesse em visitar a Europa em 2025, uma queda em relação a 49% em 2024.

O relatório também aponta que 18% dos viajantes dos EUA planejam visitar a Europa no primeiro trimestre de 2025, uma queda acentuada em relação aos 28% do ano anterior. Essa diminuição é atribuída à incerteza econômica, especialmente em relação à administração Trump. Além disso, apenas 36% dos entrevistados globalmente planejam uma viagem internacional até março, refletindo um recuo geral nas intenções de viagem. Apesar disso, os destinos como Escandinávia, Áustria e Itália continuam atraindo interesse, especialmente para férias de esqui.

Por fim, a pesquisa revelou que 30% dos viajantes estão dispostos a gastar mais de 200 libras (US$ 104) por dia em suas viagens. Os americanos, no entanto, são menos propensos a gastar excessivamente, com apenas 33% dispostos a isso, em comparação com 40% dos brasileiros. A tendência é de que os viajantes optem por estadias mais curtas, com 17% mencionando que a falta de tempo de folga remunerada está dificultando seus planos de viagem, um reflexo das mudanças nas políticas de trabalho.