06 de fev 2025
Itaú pode revisar projeção de crédito para 2025 se cenário econômico melhorar
O Itaú Unibanco pode revisar sua projeção de crédito para 2025, dependendo da economia. Após crescimento de 15,5% em 2024, previsão para 2025 é de 4,5% a 8,5%. Aumento da taxa Selic, de 10,50% para 13,25%, impacta o cenário econômico. CEO Milton Maluhy Filho afirma que o banco está preparado para diferentes cenários. Ações do Itaú oscilaram após teleconferência, refletindo a reação do mercado.
Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú Unibanco, disse que o banco poderá revisar projeções de 2025 se as incertezas no cenário econômico se dissiparem. (Foto: Divulgação/Itaú Unibanco)
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O Itaú Unibanco (ITUB4) anunciou que poderá revisar sua projeção de crescimento da carteira de crédito para 2025, dependendo da redução das incertezas econômicas. O banco, que registrou um crescimento de 15,5% na carteira de crédito em 2024, agora projeta um avanço mais modesto, entre 4,5% e 8,5%, devido ao atual ciclo de alta dos juros. A taxa Selic, que subiu de 10,50% para 13,25% ao ano, está em trajetória de alta desde setembro de 2024, e o mercado espera mais um aumento em março.
Durante uma teleconferência, o CEO do Itaú, Milton Maluhy Filho, afirmou que o banco está preparado para enfrentar o cenário econômico e que seu portfólio está protegido contra crises de crédito. Ele destacou que o guidance do banco não é estático e poderá ser ajustado conforme necessário, dependendo das condições econômicas. O executivo também mencionou que o Itaú está confortável com suas projeções de custo de crédito, que variam entre R$ 34,5 bilhões e R$ 38,5 bilhões.
Maluhy Filho também comentou sobre a performance do Itaú BBA, que deve ter uma redução de até 40% no volume de operações neste ano, devido a um mercado de ações ainda tímido. Ele ressaltou que o banco não pretende perder oportunidades de crescimento, mesmo diante de um ambiente econômico desafiador. O executivo afirmou que o Itaú está monitorando em tempo real a atividade econômica e as demandas dos clientes.
As ações do Itaú tiveram uma abertura em queda na B3, mas se recuperaram após a teleconferência, alcançando uma máxima de R$ 34,15. Analistas do Goldman Sachs consideraram o guidance do banco como "fraco", enquanto o BB Investimentos alertou sobre o risco de alta na inadimplência, mas reconheceu a qualidade de crédito do Itaú como um diferencial em um cenário econômico adverso.
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