Ações da BP disparam 7% após rumores de investimento do fundo ativista Elliott Management

As ações da BP dispararam na abertura do mercado após relatos de que o investidor ativista Elliott Management adquiriu uma participação na companhia, pressionando-a a mudar sua estratégia nas operações de petróleo e gás. Às 8h38, horário de Londres, os papéis da empresa subiram 6,95%. A BP não comentou sobre a participação, que não foi especificada, e a CNBC tentou contato com a Elliott Management para mais informações. A empresa britânica deve divulgar seus resultados do quarto trimestre na terça-feira e, no mês passado, alertou sobre custos corporativos mais altos e margens de refino menores.

Na terça-feira, a BP anunciou uma queda acentuada no lucro do quarto trimestre, com um lucro subjacente de US$ 1,169 bilhão, comparado a US$ 2,99 bilhões no mesmo período do ano anterior. A dívida líquida da empresa atingiu quase US$ 23 bilhões, um aumento de 10% em relação ao ano anterior. O CEO Murray Auchincloss afirmou que a empresa está "reformulando" seu portfólio e planeja uma reestruturação significativa para melhorar o fluxo de caixa e os retornos. A BP tem enfrentado dificuldades, com ações caindo cerca de 9% no último ano, enquanto a Shell teve um aumento de 6%.

A BP tem buscado reverter sua situação através de uma reestruturação que inclui a redução de liderança e a meta de economizar pelo menos US$ 2 bilhões até o final de 2026. Em janeiro, a empresa anunciou cortes de 4.700 postos de trabalho e está à procura de compradores para seus ativos de refinaria na Alemanha. No entanto, persistem preocupações sobre a clareza da direção estratégica da BP, especialmente em relação às suas ambições de energia verde, com uma atualização estratégica programada para 26 de fevereiro.

Analistas da RBC destacaram a importância de saber se a BP irá ajustar seu programa de recompra de ações, que pode ser reduzido de US$ 1,75 bilhão para US$ 1 bilhão por trimestre. Eles também esperam questionamentos sobre o impacto das tarifas dos EUA sobre o petróleo canadense na lucratividade das refinarias da BP nos Estados Unidos, além de desafios relacionados à alocação de capital que têm afetado o potencial de ganhos da empresa.