Economia

Seguradora LTI é denunciada por falta de transparência sobre operação experimental na Susep

A LTI e a Loovi enfrentam denúncias da Fenacor por propaganda enganosa. A Susep investiga a situação, com prazo de 30 dias para avaliação. A Loovi se apresenta como seguradora, mas não possui registro para tal. Ambas as empresas são do empresário Quézide Salgado Cunha, que defende inovação. A LTI opera em ambiente regulatório experimental, com autorização até 2026.

Alvo de denúncia na Susep, seguradora omite que opera em caráter experimental (Foto: Tumisu/Pixabay)

Alvo de denúncia na Susep, seguradora omite que opera em caráter experimental (Foto: Tumisu/Pixabay)

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A seguradora LTI, que opera em parceria com a Loovi, enfrenta uma denúncia da Federação Nacional de Corretores de Seguros Privados e Resseguros (Fenacor) à Superintendência de Seguros Privados (Susep). A acusação se baseia na falta de clareza sobre sua atuação em um sandbox regulatório, um ambiente experimental que permite a empresas desenvolverem projetos com menos exigências regulatórias. A LTI possui autorização temporária até fevereiro de 2026, mas não informa isso de forma explícita em seu site ou redes sociais, o que contraria as diretrizes estabelecidas pela Susep.

O sandbox, criado para incentivar inovações no setor de seguros, exige que as empresas participantes apresentem informações claras sobre sua operação. A LTI, que foi selecionada para a segunda edição do programa, não destaca essa condição em sua comunicação. A Fenacor argumenta que a Loovi se apresenta como uma seguradora, embora não tenha registro para tal, o que gera confusão entre os consumidores. A entidade pede que a Susep suspenda a venda de produtos até que a investigação seja concluída.

A Loovi, que se autodenomina uma insurtech, oferece seguros automotivos com promessas de preços reduzidos e aprovação rápida, mas sem análise de perfil do condutor. A empresa utiliza influenciadores e atletas para promover seus serviços, o que levanta preocupações sobre a veracidade das informações apresentadas. A Fenacor também questiona a legalidade das promessas de cobertura, especialmente em relação a veículos modificados e a realização de sorteios sem a devida autorização.

Em resposta às acusações, a administração da Loovi e da LTI defende que a resistência ao seu modelo de negócios é semelhante à enfrentada por outras inovações tecnológicas. A LTI, com um patrimônio líquido que cresceu de R$ 1,3 milhão para R$ 20,4 milhões em poucos meses, já emitiu R$ 53 milhões em prêmios desde a obtenção da licença. A empresa reafirma seu compromisso com a transparência e a democratização do acesso ao seguro, enquanto a Susep tem um prazo de até 30 dias para avaliar a denúncia, podendo prorrogar esse período.

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