Economia

Participação de investidores estrangeiros em fundos imobiliários dobra em cinco anos

A participação de investidores estrangeiros em fundos imobiliários dobrou, de 7% em 2020 para 14% em 2024. O evento XP Summit FIIs destacou a importância dessa mudança para aumentar a liquidez do mercado. A fatia de investidores institucionais caiu de 28% para 22%, enquanto a de pessoas físicas recuou de 68% para 64%. A entrada de investidores não residentes pode reduzir a volatilidade em momentos de pessimismo. Especialistas sugerem que FIIs brasileiros devem ser incluídos em índices globais para atrair mais investidores.

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O mercado de fundos imobiliários (FIIs) no Brasil, que historicamente tem sido dominado por investidores pessoas físicas, está passando por uma transformação significativa. Atualmente, aproximadamente 75% do patrimônio líquido do segmento é detido por esse grupo, mas a participação de investidores não residentes, ou estrangeiros, no volume negociado dobrou nos últimos cinco anos, passando de 7% em 2020 para 14% em 2024. Durante o mesmo período, a fatia dos investidores institucionais caiu de 28% para 22%, enquanto a participação das pessoas físicas recuou de 68% para 64%. Essas informações foram apresentadas na abertura do XP Summit FIIs, que ocorreu em 12 de abril de 2024.

O aumento da presença de investidores estrangeiros traz vantagens significativas para o mercado de FIIs, como a ampliação da liquidez e a redução da volatilidade, especialmente em momentos de pessimismo econômico. Vinicius Duarte, head da mesa de fundos listados da XP, destacou que, em períodos adversos, as cotações em um mercado dominado por pessoas físicas tendem a ficar defasadas em relação ao mercado real. Ele afirmou que a entrada de investidores estrangeiros proporciona mais volume, liquidez e racionalidade ao segmento.

Diego Roa, gerente de índice da LSEG (London Stock Exchange Group), acredita que a participação do investidor estrangeiro nos FIIs ainda tem um grande potencial de crescimento. Ele apontou que o mercado imobiliário representa cerca de 5,4% de participação em índices globais, que são referências para a composição de portfólios de ETFs. Além disso, Roa mencionou que os FIIs têm sido incluídos em índices de ações, o que pode dificultar o acesso de investidores estrangeiros que buscam especificamente Reits (Real Estate Investment Trusts), a versão americana dos FIIs.

Para que os fundos imobiliários brasileiros ganhem mais destaque no cenário internacional, Roa defende que as gestoras brasileiras devem trabalhar para alterar a percepção global sobre os FIIs, promovendo sua inclusão em índices relacionados a Real Estate e, consequentemente, nos ETFs globais do setor. Essa estratégia pode facilitar o acesso de investidores estrangeiros e potencializar ainda mais a participação deles no mercado brasileiro de FIIs.

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