Economia

Correios enfrentam déficit de 3,2 bilhões e debate sobre privatização se intensifica

Os Correios enfrentam um déficit de R$ 3,2 bilhões, gerando debates sobre privatização. O governo Lula busca reverter a crise com investimentos e um banco digital. A gestão anterior cortou investimentos, resultando em sucateamento e perdas significativas. A privatização é rechaçada, pois os Correios têm papel estratégico na economia e sociedade. A sustentabilidade da empresa depende de um modelo de financiamento público e gestão qualificada.

Os privatistas ignoram os investimentos para reverter o sucateamento da empresa na gestão anterior, alerta o presidente Fabiano Silva (Foto: iStockphoto e Marcelo Camargo/ABR)

Os privatistas ignoram os investimentos para reverter o sucateamento da empresa na gestão anterior, alerta o presidente Fabiano Silva (Foto: iStockphoto e Marcelo Camargo/ABR)

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A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), fundada em 1969, enfrenta um momento crítico, com um déficit de R$ 3,2 bilhões em 2024. Essa situação reacendeu discussões sobre a privatização da estatal, proposta que foi rechaçada pelo presidente Lula. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) atribui o déficit a investimentos realizados nos últimos dois anos para reverter o sucateamento da empresa, que ocorreu durante o governo anterior. A secretária de Empresas Estatais, Elisa Leonel, destacou que o setor postal global enfrenta uma crise, e a ministra Esther Dweck minimizou a gravidade do déficit, afirmando que não haverá necessidade de aporte do Tesouro.

O presidente dos Correios, Fabiano Silva, afirmou que a empresa está implementando um plano robusto para recuperação financeira e crescimento, com investimentos de R$ 830 milhões em 2024, um aumento de 9,2% em relação ao ano anterior. Silva mencionou a intenção de lançar um banco digital e expandir a atuação na logística de saúde, além de criar um marketplace. No entanto, ele reconheceu que as transformações deveriam ter começado quando a receita cresceu durante a pandemia, mas foram interrompidas pela gestão anterior.

A Associação dos Profissionais dos Correios (Adcap) enviou uma carta à ministra Dweck, ressaltando a importância da empresa para a economia e a sociedade, afirmando que cada emprego direto gera três indiretos. O presidente da Adcap, Roberval Borges, criticou a visão de que os déficits justificam a privatização, defendendo que a sustentabilidade econômica dos Correios depende de um modelo de financiamento que considera as desigualdades regionais. Ele também destacou que a falta de parcerias e a gestão inadequada impactaram negativamente a empresa.

O déficit de R$ 3,2 bilhões também foi atribuído ao programa Remessa Controlada, que afetou o comércio eletrônico, resultando em uma queda de R$ 2 bilhões na arrecadação. O secretário-geral da Fentect, Emerson Marinho, apontou que o sucateamento e a falta de pagamento de dívidas judiciais durante o governo anterior contribuíram para a situação atual. A ministra Dweck e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defenderam que a metodologia do Banco Central para calcular o déficit é inadequada, pois não considera os investimentos realizados. A discussão sobre o futuro dos Correios continua, com a necessidade de uma estratégia clara para garantir sua sustentabilidade e relevância como serviço público.

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