Passagens aéreas disparam e voos regulares despencam após fusão entre Gol e Azul

Desde o início das discussões sobre a fusão entre as companhias aéreas Gol e Azul, os preços das passagens aéreas aumentaram e o número de voos regulares diminuiu. Em janeiro, as tarifas subiram 10,42%, contribuindo com 0,07 ponto percentual no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), sendo um dos principais fatores de pressão no índice. Esse aumento significativo nos preços coincide com o acordo de codeshare firmado em maio de 2024, que permitiu que as duas empresas compartilhassem voos domésticos.

Recentemente, após anunciar a intenção de fusão, a Azul informou a suspensão de 15 voos a partir de 10 de março. Em paralelo, a Gol retirou o acesso gratuito a aplicativos como WhatsApp e Facebook Messenger para todos os passageiros, incluindo os membros do programa Smiles. Além disso, o serviço de bordo das duas companhias foi reduzido, refletindo uma estratégia de contenção de custos.

As duas aéreas também têm optado por manter aeronaves paradas. Atualmente, 42 aviões da Azul e 17 da Gol estão inativos. A Azul afirmou que a sobreposição de rotas entre as companhias é de 10%, um percentual inferior aos 19% mencionados no anúncio do codeshare em 2024, indicando uma possível reavaliação das operações conjuntas.

Essas mudanças no setor aéreo levantam preocupações sobre a concorrência e a qualidade dos serviços prestados aos consumidores. A fusão proposta entre Gol e Azul pode ter impactos significativos no mercado, tanto em termos de preços quanto na oferta de voos, o que merece atenção das autoridades reguladoras e dos passageiros.