Economia

Camarão azul gera alerta entre autoridades e preocupa biodiversidade na Amazônia

O camarão gigante da malásia, introduzido em 1977, prolifera na foz do Amazonas. A captura de fêmeas grávidas indica reprodução no ambiente natural, preocupando especialistas. A falta de manejo e predadores naturais favorece a rápida expansão da espécie. O governo impõe regulamentações e multas para controlar a captura e cultivo do crustáceo. Espécies exóticas invasoras, como o camarão, ameaçam a biodiversidade e ecossistemas locais.

CAMARÃO-GIGANTE-AZUL - O Macrobrachium rosenbergii é um crustáceo de água doce de grande porte, com até 30 centímetros e carne saborosa. O ciclo de vida se inicia em água salgada. É predador. (Foto: Shutterstock)

CAMARÃO-GIGANTE-AZUL - O Macrobrachium rosenbergii é um crustáceo de água doce de grande porte, com até 30 centímetros e carne saborosa. O ciclo de vida se inicia em água salgada. É predador. (Foto: Shutterstock)

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No início de 2024, pescadores do Pará surpreenderam-se ao capturar um grande número de Macrobrachium rosenbergii, conhecido como camarão-gigante-da-malásia. Essa espécie, introduzida no Brasil em 1977 para cultivo, escapou e se espalhou rapidamente pela foz do Rio Amazonas, gerando preocupação nas comunidades locais. A falta de manejo adequado e a ausência de predadores naturais favorecem a proliferação do crustáceo, que já apresenta sinais de reprodução no ambiente natural.

A produção nacional do camarão azulado é modesta, estimada em 150 toneladas anuais, enquanto a produção mundial alcançou 234 mil toneladas em 2016, com a China respondendo por 54,1% desse total. A introdução do camarão visava diversificar a produção, mas a dispersão descontrolada levanta questões sobre como equilibrar a produção comercial e a biodiversidade local. A competição com camarões nativos e a ameaça de doenças, como a síndrome da mancha branca, são riscos associados à invasão.

A introdução de espécies exóticas, como o camarão-gigante, pode causar impactos ecológicos significativos, conforme alertam especialistas. A regulamentação é uma das soluções propostas, com o governo exigindo licença ambiental e autorização do Ibama para o cultivo. As multas para a prática ilegal variam de R$ 3 mil a R$ 50 mil, e a Lei de Crimes Ambientais prevê penas de detenção para quem introduzir espécies sem licença.

Enquanto isso, pescadores continuam a capturar o camarão, transformando um problema ecológico em uma oportunidade de negócio. A situação destaca a necessidade de cuidados para evitar pragas e a importância de seguir as orientações científicas e regulamentares. A questão permanece: como gerenciar a exploração econômica sem comprometer a biodiversidade local?

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