Economia

Fim da patente do Ozempic pode reduzir preço em até 60%, afirma analista da XP

O Ozempic, da Novo Nordisk, terá sua patente encerrada em julho de 2026. A Hypera poderá produzir genéricos, aumentando volume e margem no mercado. Farmácias devem se beneficiar com preços até 60% menores após a quebra da patente. Planos de saúde poderão reduzir custos com a melhora nos índices de obesidade. O mercado de medicamentos para obesidade e diabetes pode dobrar, alcançando US$ 80 bilhões.

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Raphael Elage, analista de saúde da XP, participou do programa Morning Call e destacou que a quebra da patente do Ozempic, prevista para julho de 2026, deve transformar o mercado de saúde no Brasil. Segundo ele, essa mudança é um sinal positivo para o volume e margem na cadeia farmacêutica, especialmente para medicamentos anti-obesidade. O analista mencionou a Hypera (HYPE3), que pode produzir um genérico do Ozempic, atualmente fabricado pela Novo Nordisk. A empresa terá a opção de importar o produto, o que exigiria menor investimento inicial, mas resultaria em margens menores, ou optar pela produção local, que demandaria mais capital, mas proporcionaria margens mais altas.

De acordo com um relatório da XP, o fim da patente do Ozempic também beneficiará as farmácias, aumentando o volume e a margem de vendas. A legislação brasileira estabelece um desconto mínimo de 35% para genéricos em relação aos medicamentos de referência, mas os preços podem ser até 60% inferiores ao original. Assim, espera-se que a pressão nos preços resultante do fim da patente seja compensada pelo aumento no volume de vendas na indústria farmacêutica.

Elage também mencionou o impacto indireto sobre os planos de saúde, que podem se beneficiar de uma melhora nos índices de obesidade e sobrepeso com o uso do Ozempic. Isso poderia levar a uma redução nos custos operacionais das seguradoras, devido à diminuição da sinistralidade. Atualmente, há cerca de 2,5 bilhões de adultos com sobrepeso ou obesidade, com projeções indicando que esse número pode chegar a 3,3 bilhões até 2035.

Por fim, o mercado de medicamentos para obesidade e diabetes deve praticamente dobrar até 2028, alcançando cerca de US$ 80 bilhões. Essa expansão reflete a crescente demanda por tratamentos eficazes e a expectativa de que a quebra da patente do Ozempic impulsione a concorrência e a acessibilidade no setor.

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