O crescimento dos family offices impulsiona a realização de conferências em 2025

O número de family offices cresceu significativamente, alcançando 8.000 em todo o mundo e gerenciando cerca de R$ 3,1 trilhões em ativos, conforme dados da Deloitte. Em 2024, foram realizados 123 conferências voltadas para esses escritórios, e para este ano, 244 eventos estão programados, segundo a Dakota Marketplace. Paul Carbone, co-fundador da Pritzker Private Capital, destacou que o interesse por esse setor se deve ao seu crescimento acelerado e à grande quantidade de capital disponível.

As conferências são divididas em quatro categorias: comerciais, patrocinadas por instituições financeiras, organizadas por famílias e acadêmicas. Carbone observou que, apesar do imenso capital familiar, uma parte relativamente pequena é direcionada ao setor de private equity. Ele enfatizou que, se os usuários de capital conseguirem acessar esse pool significativo, isso pode ser vantajoso para todos os envolvidos.

Raphael Amit, professor da Wharton School, notou que as reuniões promovidas pela Wharton Global Family Alliance são mais íntimas, com um limite de 60 participantes, e não contam com patrocinadores. Ele afirmou que as famílias preferem eventos organizados por e para elas, evitando a pressão de vendedores. A maioria das conferências, no entanto, é dominada por patrocinadores que buscam atrair a atenção desse público seleto.

Recentemente, Anthony Ritossa, uma figura conhecida no círculo de family offices, organizou a 24ª Cúpula Global de Investimentos em Miami. Apesar de sua reputação questionada por uma investigação da Vanity Fair, que levantou dúvidas sobre suas credenciais, Ritossa continua a atrair participantes. O evento em Miami prometeu reunir mais de 250 indivíduos de alto patrimônio, incluindo membros da realeza do Oriente Médio, e contou com uma lista de 148 palestrantes de diversas indústrias. Jonathan Zaback, co-fundador da Impact Partners, ressaltou que, dentro da comunidade de family offices, a presença de famílias influentes é mais relevante do que quem organiza os eventos.