23 de fev 2025
ANS deve evitar estatização dos planos de saúde, afirma CEO da SulAmérica e FenaSaúde
Raquel Reis, nova presidente da FenaSaúde, defende desregulamentação do setor. Proposta de "divisão de risco" visa incluir medicamentos no rol de cobertura. ANS discute mudanças que preocupam operadoras e associações de consumidores. SulAmérica cresceu 174 mil usuários em 2024, totalizando 2,95 milhões. Reis critica falta de avaliação de impacto das novas regras da ANS.
‘ANS não pode praticamente estatizar os planos de saúde’, diz CEO da SulAmérica que assume a FenaSaúde (Foto: Edilson Dantas / O Globo)
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Raquel Reis, CEO da SulAmérica Saúde e Odonto e nova presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), defende que as mudanças propostas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não devem levar à estatização do setor. Em entrevista, ela enfatiza a necessidade de desregulamentação para permitir o crescimento do mercado, que pode impactar positivamente o PIB e aliviar a pressão sobre o Sistema Único de Saúde (SUS). Reis critica a falta de avaliação de impacto regulatório nas novas regras e destaca a importância de um diálogo entre o Ministério da Saúde, a ANS e as operadoras.
A executiva questiona a inclusão de medicamentos de alto custo no rol de cobertura e a judicialização que dificulta a precificação dos planos de saúde. Para ela, a flexibilização das regras é essencial, sugerindo a criação de pacotes modulados que atendam diferentes necessidades dos consumidores. Reis também menciona a concorrência com cartões de desconto, que, segundo ela, atendem a uma parte da população que não está sendo contemplada pelas operadoras tradicionais.
Reis propõe uma divisão de risco entre operadoras e indústrias farmacêuticas, especialmente em relação a medicamentos caros. Ela sugere que o pagamento por esses tratamentos seja fracionado ao longo de anos, dependendo da eficácia do tratamento. Além disso, a presidente da FenaSaúde critica a recente liberação de limites de terapia para autismo, apontando a necessidade de diretrizes claras para evitar diagnósticos excessivos e garantir tratamentos adequados.
Com um crescimento significativo em 2024, a SulAmérica adicionou 174 mil novos usuários, totalizando 2,95 milhões de clientes. Reis afirma que o foco da empresa não está apenas em números, mas na qualidade dos serviços prestados, buscando um crescimento sustentável que beneficie a saúde suplementar no Brasil.
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