25 de fev 2025
Marcopolo registra lucro de R$ 319 milhões no quarto trimestre, mas ações caem 4,85%
A Marcopolo registrou lucro líquido de R$ 318,8 milhões, alta de 17% no 4T24. Apesar do crescimento, ações caíram 4,85% devido à redução da margem EBITDA. A empresa prevê crescimento em 2025, mas em ritmo mais lento que em 2024. Mudança no mix de receitas, com maior participação externa, impactou margens. Analistas mantêm recomendações de compra, destacando potencial de recuperação.
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A Marcopolo (POMO4) registrou um lucro líquido de R$ 318,8 milhões no quarto trimestre de 2024, representando um aumento de 17% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado operacional também cresceu mais de 60%, impulsionado pela recuperação do mercado de transporte no Brasil, mesmo diante da alta nas taxas de juros. A montadora de carrocerias de ônibus reportou um Ebitda de R$ 461,4 milhões, com um crescimento de 60,5% em comparação ao ano anterior. A receita líquida alcançou R$ 2,7 bilhões, superando as expectativas do mercado.
Apesar do desempenho positivo, as ações da Marcopolo caíram 4,85%, cotadas a R$ 7,65. O Bradesco BBI atribui essa queda à redução de 0,4 ponto percentual na margem EBITDA ajustada em relação ao trimestre anterior. A mudança no mix de receitas, com 31% provenientes do mercado externo, contribuiu para essa diminuição, já que as operações internacionais apresentam as piores margens entre os segmentos da empresa. O Itaú BBA também destacou a pressão sobre os lucros devido a despesas financeiras relacionadas à política de hedge cambial.
Durante a teleconferência de resultados, a Marcopolo indicou que espera um crescimento mais lento no volume de ônibus em 2025, mas ainda assim se beneficiará de alavancagem operacional e maior eficiência. O JPMorgan ressaltou a solidez do backlog no segmento rodoviário e as perspectivas positivas para ônibus elétricos e veículos pesados. A administração da empresa afirmou que a concorrência permanece estável, o que sugere um ambiente de preços saudável.
Os analistas mantêm recomendações de compra, com o Itaú BBA estabelecendo um preço-alvo de R$ 10,50 e o JPMorgan de R$ 12. O BBI considera a queda das ações exagerada e também mantém a recomendação de compra, prevendo uma margem EBITDA de 19,4% para 2025, sustentada por melhorias na produtividade e aumento das exportações, favorecidas pela depreciação do real.
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