Economia

Preço do ovo sobe 40% em fevereiro e afeta o consumo das famílias brasileiras

O preço dos ovos brancos e vermelhos subiu 39,4% e 37,4% em fevereiro. A alta se deve a custos elevados e aumento da demanda, sem previsão de queda. A exportação de ovos para os EUA aumentou, mas representa apenas 1% da produção. A gripe aviária nos EUA elevou preços lá, mas não impacta o Brasil significativamente. A substituição da proteína bovina por ovos é uma tendência entre as famílias brasileiras.

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O ovo, alimento amplamente consumido no Brasil, enfrenta um aumento significativo de preços, o que tem levado muitas famílias a reduzir seu consumo. Dados do Cepea, da Esalq/USP, indicam que em fevereiro, o preço médio dos ovos brancos do tipo extra em Bastos, principal polo produtor de São Paulo, foi de R$ 198,40 por caixa com 30 dúzias, um aumento de 39,4% em relação a janeiro. Para os ovos vermelhos, a média foi de R$ 227,24, com alta de 37,4% no mesmo período.

Edson Trajano, economista do Corecon-SP, atribui o aumento a fatores conjunturais, como a alta de 30% no preço do milho e o aumento do consumo de energia nas granjas devido ao uso de equipamentos para controle de temperatura. Ricardo Jacomassi, economista da TCP Partners, complementa que a demanda por ovos cresceu à medida que as famílias substituíram a proteína bovina, elevando os preços tanto para o consumidor quanto para a indústria alimentícia.

A previsão não é otimista, pois a chegada da quaresma, período em que muitos substituem carnes por ovos, deve manter os preços elevados. Trajano destaca que a expectativa de queda nos preços só deve ocorrer a partir de abril, quando a produção e o consumo voltam à normalidade. Além disso, ele alerta sobre a especulação de preços, especialmente nos Estados Unidos, onde a gripe aviária causou alta de até 70% nos preços, embora isso não impacte diretamente o Brasil, onde apenas 1% da produção é exportada.

Embora as exportações brasileiras de ovos para os Estados Unidos tenham aumentado 62% entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, o Cepea ressalta que isso não deve afetar significativamente o mercado interno. A produção nacional permanece focada no consumo doméstico, e qualquer impacto nos preços dependerá de um aumento consistente nas importações americanas. Para que isso ocorra, o comércio entre os dois países precisaria se tornar rotineiro, com os Estados Unidos se estabelecendo como um comprador importante dos ovos brasileiros.

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