Rolls-Royce renasce sob liderança de Tufan Erginbilgic e ações atingem recorde

Em dois anos à frente da Rolls-Royce, Tufan Erginbilgic transformou a empresa, anteriormente considerada uma "plataforma em chamas", em um exemplo de recuperação industrial. O CEO, que veio de uma carreira no setor de petróleo, implementou cortes de empregos e vendeu ativos de baixo desempenho, resultando em um aumento de quase oito vezes no valor das ações da fabricante de motores aeroespaciais. Esse crescimento é comparável ao da Nvidia, destacando-se como o maior ganho entre as empresas do índice FTSE 100.

Recentemente, Erginbilgic anunciou uma perspectiva de lucros otimista, restabeleceu o pagamento de dividendos e lançou um programa de recompra de ações de 1 bilhão de libras (aproximadamente US$ 1,27 bilhão). As ações da Rolls-Royce subiram até 21%, alcançando recordes após a divulgação de resultados que superaram as expectativas do mercado. O CEO enfatizou que a empresa está em um caminho de transformação, buscando se tornar mais competitiva e resiliente.

Desde que assumiu em 2023, Erginbilgic reformulou a equipe de gestão e abandonou projetos de sustentabilidade que não apresentavam resultados imediatos. Ele vendeu uma divisão de voos elétricos e encerrou o desenvolvimento de células de combustível, enquanto investe em novos motores que utilizam combustível de aviação renovável. O foco é recuperar a posição da Rolls-Royce no mercado de motores de fuselagem estreita, o maior segmento da aviação comercial.

Apesar dos avanços, a Rolls-Royce ainda enfrenta desafios, como problemas na cadeia de suprimentos e questões de manutenção com motores do jato 787 Dreamliner da Boeing. A empresa perdeu contratos para a General Electric e enfrenta dificuldades em oferecer descontos competitivos. Além disso, a aprovação de uma atualização do motor Trent 1000 foi atrasada, e analistas expressam preocupações sobre a sustentabilidade do aumento do fluxo de caixa e as margens de lucro na área de defesa.