Billor busca investidores brasileiros com ‘token’ para expandir frota de caminhões nos EUA

A Billor, uma startup brasileira estabelecida na Flórida, está buscando investidores no Brasil para financiar o crescimento de sua frota de caminhões, que atualmente conta com 238 veículos e pretende alcançar 3 mil até 2027. Para isso, a empresa lançou um token lastreado em sua operação, em parceria com o Mercado Bitcoin, que visa captar até R$ 5 milhões. O investimento mínimo é de R$ 570,13, com pagamentos mensais que prometem rendimentos atrelados à variação do dólar, acrescidos de 8% ao ano.

Roberto Dagnoni, chairman do Mercado Bitcoin, destacou que esta é a primeira vez que um ativo desse tipo é oferecido no Brasil, permitindo que investidores brasileiros se conectem diretamente à economia dos EUA. A aproximação entre Billor e Mercado Bitcoin se deu através de Fabricio Bossle, sócio do Grupo Leste, que recentemente se tornou acionista minoritária da Billor, disponibilizando uma linha de crédito de US$ 335 milhões. Bossle enfatizou que o token representa uma oportunidade para investidores brasileiros apoiarem empreendedores que atuam no exterior.

Jardel Cardoso, fundador da Billor, explicou que a empresa adquire caminhões com até três anos de uso e os repassa a motoristas em regime de leasing, onde o motorista paga 48 parcelas mensais de US$ 3 mil. A startup também oferece uma plataforma de gestão de cargas, que proporciona benefícios como seguros mais baratos e cashback em combustíveis, resultando em um rendimento líquido 50% maior para os motoristas em comparação a um emprego convencional.

Em termos financeiros, a Billor faturou US$ 10,5 milhões no primeiro ano de operação, aumentando para US$ 40 milhões no ano seguinte, com um lucro de US$ 6 milhões. A meta para 2025 é alcançar US$ 220 milhões em faturamento e US$ 52 milhões em lucro, além de expandir a frota para 800 caminhões até dezembro. A emissão do token segue regulamentações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), mas os investidores devem estar cientes dos riscos envolvidos, incluindo a volatilidade cambial e o risco de crédito associado à Leste e à Billor.