07 de mar 2025
Raízen inicia venda de ativos na Argentina com apoio do JPMorgan
A Raizen, joint venture entre Shell e Cosan, vende ativos na Argentina. JPMorgan Chase foi contratado para gerenciar a venda da refinaria Dock Sud. A decisão reflete a saída de multinacionais, apesar do otimismo econômico. A refinaria é a mais antiga da Argentina, com capacidade de 100.000 barris/dia. Raizen enfrenta desafios financeiros devido ao aumento das taxas de juros no Brasil.
A refinaria de petróleo da empresa, Dock Sud, em Buenos Aires, é a mais antiga da Argentina, com uma capacidade de 100.000 barris por dia. (Foto: Divulgação/Raízen)
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A Raizen, joint venture entre a Shell e o conglomerado brasileiro Cosan, iniciou a venda de sua refinaria de petróleo e rede de postos de gasolina na Argentina. Fontes próximas ao processo informaram que a empresa contratou o JPMorgan Chase para gerenciar a transação, embora as assessorias de imprensa da Raizen e do banco tenham se recusado a comentar sobre o assunto.
A possível saída da Raizen se alinha a um movimento crescente de multinacionais, como Exxon Mobil, HSBC e Mercedes-Benz, que também decidiram vender suas operações no país no último ano. Isso ocorre apesar do otimismo em relação às reformas econômicas implementadas pelo presidente Javier Milei. A Raizen, que é a maior produtora de etanol combustível do Brasil, está considerando desinvestimentos devido ao aumento dos custos de empréstimos que impactaram suas finanças.
A refinaria Dock Sud, localizada em Buenos Aires, é a mais antiga da Argentina, com capacidade para processar 100.000 barris de petróleo por dia. A rede de aproximadamente 700 postos de gasolina da Raizen representa 18% das vendas de combustíveis no país, ficando atrás da estatal YPF, que controla mais da metade do mercado. Os combustíveis comercializados sob a marca Shell são parte significativa das operações da empresa.
A Raizen adquiriu esses ativos por quase US$ 1 bilhão em 2018, durante um período de reformas econômicas na Argentina. A venda ocorre em um contexto onde o governo de Milei está eliminando controles de preços sobre o petróleo e combustíveis, alinhando os preços internos aos do mercado internacional.
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