Klarna planeja IPO em Nova York e pode impulsionar mercado de startups

A fintech sueca Klarna planeja levantar pelo menos US$ 1 bilhão em uma oferta pública inicial (IPO) nos Estados Unidos, com um pedido de registro público previsto para esta semana. A empresa, que é conhecida por seu serviço de empréstimos Buy Now, Pay Later (BNPL), busca uma avaliação de mercado superior a US$ 15 bilhões na listagem na NYSE. As informações foram confirmadas por fontes que preferiram não ser identificadas, uma vez que os detalhes ainda não são públicos.

A Klarna, que possui 85 milhões de clientes e 600 mil parceiros varejistas globalmente, já havia feito um pedido confidencial de IPO à Securities and Exchange Commission dos EUA em novembro. A empresa está trabalhando com cerca de 15 bancos, incluindo Goldman Sachs, JPMorgan Chase e Morgan Stanley, para estruturar a listagem. A movimentação da Klarna pode impulsionar os IPOs de novas empresas de tecnologia, que enfrentam um cenário desafiador após os recordes de 2021.

Nos últimos anos, a avaliação da Klarna apresentou flutuações significativas, atingindo um pico de US$ 45,6 bilhões em 2021, antes de cair para US$ 6,7 bilhões no ano seguinte. Atualmente, analistas estimam um valuation implícito de cerca de US$ 14,6 bilhões. O CEO Sebastian Siemiatkowski mencionou recentemente a intenção da empresa de explorar o mercado de criptomoedas, afirmando que a Klarna "abraçará a criptografia".

Fundada há 20 anos em Estocolmo, a Klarna está em processo de criação de uma nova holding no Reino Unido como parte dos preparativos para o IPO. A empresa tem se reorientado, eliminando alguns negócios e focando em parcerias de pagamento e investimentos em inteligência artificial. Recentemente, a Klarna vendeu seu negócio de pagamentos Checkout por cerca de US$ 520 milhões e adquiriu a Laybuy, uma fornecedora de serviços BNPL na Nova Zelândia.