A queda de Beyond Meat e o desinteresse pelo mercado de carnes vegetais

Beyond Meat teve um início promissor com sua estreia na bolsa em 2019, impulsionada pelo crescente interesse em produtos à base de plantas. O aumento das vendas e o valor das ações refletiram essa empolgação, com parcerias estratégicas com restaurantes e varejistas ampliando a aceitação dos consumidores. "Todo mundo queria um pedaço deles. Todo mundo queria contar sua história," afirmou Alexia Howard, analista sênior da Bernstein. Em 2020, o mercado de carnes vegetais alcançou R$ 1,3 bilhão, um aumento de 46% em relação a 2019, segundo a Circana.

As expectativas eram altas, com analistas como John Baumgartner da Mizuho Securities projetando que as carnes à base de plantas poderiam conquistar uma fatia de mercado semelhante à das bebidas vegetais em relação ao leite de vaca, estimando um potencial de R$ 20 a R$ 30 bilhões em dez anos. Contudo, a trajetória da Beyond Meat mudou drasticamente nos últimos anos, com vendas em declínio, demissões e fechamento de fábricas. O valor das ações da empresa despencou de R$ 239 em 2019 para cerca de R$ 3 atualmente.

Marion Nestle, professora emérita da Universidade de Nova York, comentou sobre a expectativa de que a Beyond Meat representasse uma grande disrupção no setor alimentício e uma ameaça ao mercado de carne bovina, afirmando que "não funcionou dessa maneira." O vídeo acima explora os desafios enfrentados pela empresa e pela indústria de carnes vegetais, além de discutir se o setor conseguirá se reinventar para recuperar o apetite dos consumidores.